Penúltimo dia de competição no Dakar de 2022 e a luta continua renhida nas Motos, mas Sam Sunderland (GasGas) regressou ao comando e está na melhor posição para vencer esta prova pela segunda vez. Nos Automóveis, Carlos Sainz (Audi) voltou a destacar-se numa especial, mas Nasser Al-Attiyah (Toyota Gazoo) está mais perto do que nunca de voltar a vencer a competição, algo que já não faz desde 2019. Nota muito positiva ainda para a prestação de Joaquim Rodrigues (Hero) nas duas rodas, sendo o terceiro classificado da etapa.
Num dia em que muito se decidia, Sunderland elevou a fasquia em termos competitivos, dando o máximo para assim conseguir ganhar uma vantagem no comando da prova que lhe permitisse partir com outra tranquilidade para a derradeira etapa.
Assim, se Kevin Benavides (KTM) venceu a tirada – embora já não tenha um papel na classificação geral depois de ter abandonado e regressado à competição com uma grande penalização em termos de tempo –, o mais beneficiado de etapa foi mesmo Sunderland, que ficou a apenas 4 segundos de Benavides e, mais importante, dispõe agora de 6m52s de vantagem sobre Pablo Quintanilla (Honda), que é o segundo na classificação geral, ao passo que Matthias Walkner (KTM) está 7m15s, com Adrien van Beveren (Yamaha) a ficar já em posição difícil até para chegar ao pódio, já que está a 15m30s do líder.
Voltando a mostrar uma toada muito forte, Joaquim Rodrigues voltou a obter uma posição entre os três primeiros na etapa, gastando mais 2m26s do que Benavides, ocupando agora o 14º posto na classificação geral.
António Maio (Yamaha) foi 27º na etapa, ao passo que Rui Gonçalves (Sherco) ocupou a 30ª posição da tirada. Mário Patrão (KTM) foi o 38º mais rápido da etapa, enquanto Alexandre Azinhais (KTM) foi o 89º e Arcélio Couto (Honda) o 93º.
Na geral, Rodrigues ocupa a 14ª posição, com Maio e Gonçalves igualmente em posições de destaque, às ‘portas’ do top 20, em 21º e 23º, respetivamente. Mário Patrão surge na 43ª posição da classificação, sendo também autor de uma prestação muito sólida nesta edição do Dakar. Mais atrás, Azinhais tem vindo a subir paulatinamente, sendo o 68º na geral, enquanto Couto é o 79º. Pedro Bianchi Prata (Honda) não surge classificado na etapa, nem na geral, embora também não exista indicação quanto à sua eventual desistência ou continuidade em prova.
Nos Automóveis, praticamente tudo decidido no que ao pódio diz respeito, salvo problemas mecânicos. A etapa voltou a ser ganha por um carro da Audi, desta feita por intermédio de Carlos Sainz, demonstrando a competitividade dos RS Q e-tron, apesar dos naturais problemas de juventude deste projeto. O espanhol bateu Lucio Alvarez (Toyota Overdrive) por 3m10s, enquanto Mattias Ekström colocou mais um Audi na terceira posição.
Porém, na classificação geral, Al-Attiyah tem o seu triunfo na edição de 2022 do Dakar, tendo sido o sétimo na etapa, mas imediatamente à frente de Sébastien Loeb (BRX Hunter), que se mantém como o segundo da geral, mas há entre os dois uma diferença de 33m19s, ao passo que Yazeed Al Rajhi (Overdrive Toyota) está na terceira posição, também a uma distância considerável do francês que está em segundo. Orlando Terranova (BRX Hunter) está na quarta posição, distante da luta pelo pódio pelo que, salvo qualquer incidente, as três primeiras posições estão decididas.
A dupla lusa Miguel Barbosa/Pedro Velosa (Overdrive Toyota) foi a 40ª da etapa, ocupando agora o 35º lugar da classificação geral, aproximando-se daquele que era o seu principal objetivo: terminar a prova.
Nos SSV, Luís Portela Morais e David Megre (Can-Am) foram os quintos melhores da etapa, mostrando mais uma vez a sua competitividade, ficando com a sétima posição na geral, sendo esta à partida a posição final da dupla lusa atendendo às diferenças para os pilotos que os precedem e os seguem. Rui Oliveira e Fausto Mota (Can-Am) fez o 26º lugar da etapa e ocupa o 16º lugar na geral.