Pelo segundo dia consecutivo, um motard português terminou uma etapa do Dakar no pódio, tendo Rui Gonçalves (Sherco) feito o terceiro melhor tempo, promovido uma posição devido a uma penalização imposta a Danilo Petrucci (KTM), que havia sido o terceiro melhor. Joan Barreda (Honda) venceu nas duas rodas e Nasser Al-Attiyah (Toyota) fez o mesmo nos Automóveis, beneficiando também de uma penalização imposta a Yazeed Al Rajhi (Toyota).
Na maior etapa do Dakar deste ano, Joan Barreda venceu pela segunda vez em 2022, atingindo assim a sua 28a vitória em especiais de classificação na prova, batendo Pablo Quintanilla (Honda) por 3m37s, enquanto Gonçalves beneficiou da penalização a Petrucci para chegar ao terceiro posto, gastando mais 6m59s do que Barreda.
Como curiosidade, tanto Petrucci como Al Rajhi (nos Automóveis) foram penalizados por motivos semelhantes: excesso de velocidade num local onde seria necessário rodar mais devagar, embora os tempos tenham sido distintos: 15 minutos no caso do motard e dois minutos no do piloto saudita.
Na classificação geral, Sam Sunderland (GasGas) tem uma liderança maior na frente da prova, com 3m00s de vantagem sobre Matthias Walkner (KTM), ao passo que Adrien van Beveren (Yamaha) está em terceiro, a 4m54s, logo à frente do primeiro líder da prova, Daniel Sanders (GasGas).
Quanto aos demais portugueses nas duas rodas, António Maio (Yamaha) foi o 20o melhor, gastando 18m16s do que o vencedor da tirada, ao passo que Joaquim Rodrigues (Hero) foi apenas o 35o hoje depois de sido o melhor ontem. Mário Patrão (KTM) ficou com a 44a posição da etapa, enquanto Alexandre Azinhais (KTM) e Arcélio Couto (Honda) ficaram nas 92a e 93a posições, com Pedro Bianchi Prata no 127o lugar, uma posição atrás do moçambicano Paulo Oliveira (KTM).
Na Geral, Joaquim Rodrigues caiu para o 19o lugar (era 17o ontem), a 58m06s do líder, com Maio agora na 26a posição, a 1h22m21s da frente. Gonçalvez é o 38o, Patrão o 68o, Azinhais o 73o e Couto o 82o. Por fim, Bianchi Prata está na 105a posição.
Nos Autos, Al-Attiyah regressou aos triunfos em classificativas, tirando partido da penalização imposta a Al-Rajhi, que foi relegado para o quinto posto na etapa. Celebrando a sua segunda vitória em classificativas do Dakar deste ano, o piloto do Catar logrou também ampliar a sua vantagem no comando da classificação geral, ainda que apenas 25 segundos, já que Sébastien Loeb (BRX Hunter) ficou no segundo lugar, minimizando os ‘estragos’.
Após o triunfo histórico para a Audi na etapa de ontem, Carlos Sainz chegou a ameaçar repetir a façanha hoje, mas o carro alemão voltou a apresentar alguns problemas que o atrasaram, com o espanhol a terminar na terceira posição, a apenas 52 segundos da frente.
No campo da Audi, de resto, houve mais problemas, já que Stéphane Peterhansel voltou a parar com um amortecedor partido do seu RS Q e-tron após um impacto mais violento, ao passo que Mattias Ekström perdeu quase 40 minutos a braços também com problemas mecânicos.
Na Geral, Al-Attiyah está na frente com 38m05s de avanço sobre Loeb, enquanto Al Rajhi é o terceiro, mas já a quase 50 minutos.
A dupla Miguel Barbosa/Pedro Velosa (Toyota) ocupam a 39a posição da geral, continuando a galgar posições após o azar da primeira especial em que tiveram problemas que os forçaram a partir para os dias seguintes de posições mais recuadas. Na quarta etapa, ficaram na 43a posição, a 1h22m28s.
Nota ainda para o aparatoso acidente de Benediktas Vanagas e Filipe Palmeiro (Toyota) com a dupla a fazer uma série de cambalhotas após um salto mais violento. A dupla escapou sem ferimentos, embora o mesmo já não se pode dizer do carro.
Nos SSV, depois de um dia mais difícil devido a problemas mecânicos no seu Can-Am, Luís Portela Morais e David Megre voltaram ao top 10 em etapas, fazendo o décimo tempo da quarta etapa, com mais 25m36s do que a dupla brasileira Rodrigo Luppi de Oliveira e Maykel Justo (Can-Am) a serem os mais rápidos.
Rui Oliveira e Fausto Mota (Can-Am) ficaram com o 23º lugar da classificativa, a pouco mais de uma hora de diferença dos vencedores.
Na Geral, Morais e Megre estão em 12º, ao passo que Oliveira e Mota ocupam a 19ª posição.