“Muitas coisas serão diferentes este ano. Estou muito feliz por estar de volta, é uma pista fantástica e um local fantástico. Da última vez que estive em Portugal, antes do Grande Prémio, foi na pista de karting e tenho grandes memórias: estive na pole position. Obviamente que na corrida do ano passado não estive na pole, mas conseguimos bons pontos. Foi uma corrida traiçoeira, muito escorregadia com o novo asfalto, pelo que este ano deve ser melhor. Vamos ter de ver se o piso evoluiu. Estamos aqui para conquistar mais pontos como fizemos em Imola e ainda temos de extrair o melhor do carro este ano”, começa por adiantar o piloto francês, que revela os benefícios de contar com um piloto da craveira de Alonso na mesma equipa.
“Estou a ter uma grande relação com o Fernando. A nossa cooperação está a funcionar bastante bem, temos o mesmo objetivo que é fazer a equipa avançar e ajudar a equipa a dar o passo seguinte, que é dar o passo seguinte e lutar pelas primeiras posições no futuro. Estamos a dar o máximo que podemos nesse tópico e a puxar na mesma direção. O Fernando é muito honesto, quando tem algo a dizer, ele diz o que pensa e isso ajuda a desenvolver. Também nos esforçamos para aumentar o nível de performance que fazemos. É uma rivalidade saudável que temos e estou a gostar bastante de trabalhar com uma lenda e depois do que ouvi do exterior, estou a gostar do interior. É um grande ‘benchmark’ para mim e uma grande oportunidade de trabalhar em conjunto”, afirma Ocon, que na sua segunda temporada no ativo admite estar já plenamente integrado na formação de Enstone.
“Sinto-me bem. Há sempre coisas que se pode fazer melhor e evoluir. Ter um companheiro de equipa como o Fernando leva-me a melhorar como piloto, a ser um piloto mais completo. Mas sim, sinto-me bem rodeado e bem integrado na equipa, sei o que pedir à equipa no momento certo e eles sabem o que é preciso do lado da pilotagem e é sempre benéfico estar um segundo ano com uma equipa para construir muito mais”, explica o jovem piloto, para quem a mudança de regulamentos entre as temporadas de 2020 e de 2021 causou algumas dificuldades na pilotagem do monolugar.
Penso que sofremos um pouco com a mudança de regras. Este ano, há algumas dificuldades e perda de performance para todos. Mas estamos a tentar recuperar este ano, ainda é muito cedo na temporada e a equipa está a dar o máximo para recuperar o máximo possível e temos planos para o futuro para recuperar. Temos um rumo de trabalho, o que é muito importante de encontrar muito cedo no ano e isso é bom. Sabemos que temos de otimizar e extrair o máximo do pacote que temos, porque não temos muita margem para entrar no top 10. O pelotão está muito renhido, mas vamos continuar a forçar este fim de semana”, assegura.
Exemplo bem visível na Alpine é a de uma combinação de juventude e de experiência, que também se replica noutras formações. Para Ocon, este é um bom exemplo de competitividade na modalidade e de vitalidade.“Penso que é ótimo, é uma ótima oportunidade para os jovens pilotos demonstrarem que têm a velocidade e o talento para estarem na Fórmula 1. Quando se está aqui quer-se lutar contra os melhores pilotos do mundo. Agora tenho um na minha própria equipa. Sempre que se tem um novo companheiro de equipa, aprende-se alguma coisa, mas com um duplo campeão do mundo e com tanta experiência é sempre vantajoso”.
Por fim, referindo-se às corridas sprint que serão disputadas este ano, Ocon mostrou-se favorável, admitindo que este “é o momento certo para experimentar coisas novas na Fórmula 1 com tudo o que se tem passado no mundo. Pode apimentar as coisas, temos de ver como corre, mas até que experimentemos não sabemos como será, por isso, só depois é que poderemos comentar”.
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