Lewis Hamilton venceu o GP de Emilia Romana de Fórmula 1, aproximando-se cada vez mais do seu sétimo título mundial da categoria, que irá colocá-lo em igualdade com Michael Schumacher. Com mais uma ‘dobradinha’ na temporada de 2020, a Mercedes-AMG selou também o seu sétimo título consecutivo, dando continuidade a uma senda que se iniciou em 2014 com a entrada em vigor da nova regulamentação de motores.

A luta pelo triunfo no GP de Emilia Romana no histórico circuito de Imola voltou a ter como protagonistas os dois Mercedes-AMG, com Valtteri Bottas a liderar na parte inicial da prova, fazendo um ótimo arraque a partir da pole position, enquanto Hamilton caiu para o terceiro posto atrás de Max Verstappen (Red Bull). O holandês foi também um dos animadores da prova, mas após as paragens nas boxes ficou claro que dificilmente teria andamento para triunfar.

Bottas e Verstappen regressaram à pista após as suas paragens em segundo e terceiro lugar e, com Hamilton a prolongar o seu primeiro turno (embora queixando-se dos seus pneus…), o britânico aumentou a sua vantagem para um valor em redor dos 30 segundos, que foi suficiente para para e regressar à pista ainda na primeira posição (beneficiando inclusive de um breve período de safety car virtual para a remoção do Renault de Esteban Ocon, parado na berma da pista). A tarefa de Hamilton ficou ainda facilitada pelos problemas de Bottas, que passou por cima de detritos e danificou a aerodinâmica do seu Mercedes.

Ainda assim, conseguiu suster Verstappen atrás de si durante muitas voltas, acabando os dois por perderem a posição para Hamilton aquando da paragem deste. Quando Verstappen conseguiu, finalmente, passar o finlandês (graças a um erro deste) a distância para o líder superava já os 13 segundos.

A hipótese de lutar por um triunfo estava, então, dependente de um safety car que ajudasse Verstappen. Só que acabaria por ser o piloto holandês a causar um período de bandeiras amarelas quando o pneu traseiro direito do seu Red Bull rebentou na travagem para a primeira curva da chicane de Tamburello, ficando com o seu monolugar ‘cravado’ na gravilha.

A grande maioria dos pilotos viria a parar nas boxes para mudar de pneus para a fase final da corrida, numa fase de safety car que foi ainda prolongada pelo despiste de George Russell (Williams), que era décimo e desperdiçou aquele que poderia ter sido o seu primeiro ponto a menos de dez voltas do fim. Ao tentar manter a temperatura dos pneus do seu carro, o jovem piloto não evitou uma guinada para a esquerda, embatendo no muro, num erro que deixou Russell desconsolado.

No final do período de safety car, Hamilton rapidamente se foi embora, enquanto Bottas também não teve problemas para conter atrás de si o australiano Daniel Ricciardo (Renault), uma vez mais autor de uma prova brilhante, mostrando sempre que era o melhor do pelotão atrás dos Mercedes e do Red Bull de Verstappen. Porém, contou também com a ajuda de Sérgio Perez (Racing Point), que chegou a ser o terceiro antes do safety car depois de também ele ter feito uma excelente prova. O mexicano beneficiou do facto de Kevin Magnussen (Haas) ter ‘atrasado’ um comboio composto por Ricciardo, Charles Leclerc (Ferrari) e Alexander Albon (Red Bull) após as suas paragens, enquanto Magnussen não parava para trocar de pneus.

Mas, ao parar na fase de safety car, viria a cair para sexto, de onde não conseguiu recuperar, perdendo pois um pódio que parecia certo após o abandono de Verstappen. As voltas finais foram animados pela luta de Daniil Kvyat (AlphaTauri) que terminou em quarto, colado a Ricciardo depois de uma ultrapassagem ‘musculada’ a Leclerc a quatro voltas do fim. O piloto da Ferrari ficou em quinto, na frente de Perez, enquanto a dupla da McLaren ficou nas duas posições seguintes, ficando Carlos Sainz à frente de Lando Norris.

Os dois últimos lugares pontuáveis ficaram com os Alfa Romeo de Kimi Raikkonen e de Antonio Giovinazzi, com o finlandês a usar os pneus médios durante 49 voltas (realizando a sua paragem quando se encontrava no quarto posto, a 14 voltas do fim) e o italiano a ir mais longe com 53 voltas feitas com esse mesmo composto. Nicolas Latifi (Williams) ficou a menos de um segundo de obter um valioso ponto para a equipa de Grove.

Outro ponto digno de registo foi a corrida de Sebastian Vettel, que chegou a ser o quarto durante a fase intermédia da corrida aproveitando as paragens alheias, apenas para ser acometido por problemas durante a sua paragem nas boxes, gastando 13 segundos com a sua equipa a não conseguir apertar a roda dianteira direita. Caindo para 14º lugar, ficaria em 12º lugar no final, apenas beneficiando dos abandonos de Verstappen e de Russell para subir dois lugares.

Já Pierre Gasly (AlphaTauri), que havia sido o quarto melhor da qualificação, viria a ter uma corrida bastante curta, abandonando com problemas no seu carro.

1 Lewis Hamilton Mercedes AMG Petronas Formula One Team 63 voltas
2 Valtteri Bottas Mercedes AMG Petronas Formula One Team + 5.783
3 Daniel Ricciardo Renault F1 Team + 14.320
4 Daniil Kvyat Scuderia AlphaTauri Honda + 15.141
5 Charles Leclerc Scuderia Ferrari + 19.111
6 Sergio Perez BWT Racing Point F1 Team + 19.652
7 Carlos Sainz McLaren F1 Team + 20.230
8 Lando Norris McLaren F1 Team + 21.131
9 Kimi Raikkonen Alfa Romeo Racing Orlen + 22.224
10 Antonio Giovinazzi Alfa Romeo Racing Orlen + 26.398
11 Nicholas Latifi Williams Racing + 27.135
12 Sebastian Vettel Scuderia Ferrari + 28.453
13 Lance Stroll BWT Racing Point F1 Team + 29.163
14 Romain Grosjean Haas F1 Team + 32.935
15 Alexander Albon Aston Martin Red Bull Racing + 57.284
NT George Russell Williams Racing 52 voltas
NT Max Verstappen Aston Martin Red Bull Racing 51 voltas
NT Kevin Magnussen Haas F1 Team 49 voltas
NT Esteban Ocon Renault F1 Team 30 voltas
NT Pierre Gasly Scuderia AlphaTauri Honda 8 voltas

Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.