Publicidade Continue a leitura a seguir

F1 no Algarve: Há “contactos e vontade” mas não há confirmações

Publicidade Continue a leitura a seguir

O potencial regresso da Fórmula 1 a Portugal para uma prova no Autódromo Internacional do Algarve (AIA) é um dos temas da atualidade, mas tanto o administrador do circuito, como os organizadores do campeonato garantem que ainda nada está decidido apesar de confirmarem a existência de contactos nesse sentido.

Com a pandemia de Covid-19 a desfigurar por completo o calendário para a temporada de 2020, a organizadora do campeonato, a Liberty Media, procura encontrar alternativas para os eventos já cancelados, sabendo-se que em cima da mesa estão outros traçados que até aqui não constavam da lista inicial, como são os casos, precisamente, de Portimão, Imola (São Marino), Misano (Itália) ou Hockenheim (Alemanha).

Em declarações prestadas à F1 Eleven, Paulo Pinheiro, administrador do AIA, assumiu a vontade de receber, nesta temporada, um Grande Prémio de Fórmula 1, mas assume que, por agora, nada está fechado com a promotora do mundial de F1: “Não há nada confirmado. Vamos tentar”, afirmou, ainda que garanta, ao mesmo tempo, que “os portugueses podem sonhar”.

Sobre datas preferenciais, Paulo Pinheiro disse que “temos preferência de uma data o mais tarde possível no calendário de provas europeias, no mês de outubro e não em setembro e, a haver Grande Prémio no nosso país, teremos todas as provas habituais: F2, F3 e Porsche SuperCup”.

Sobre a eventualidade de ser apenas uma data para este ano ou para mais anos, o administrador do AIA referiu que “o que está na mesa é apenas uma corrida para este ano, unicamente. Não há nenhuma conversa para corridas em anos posteriores. A nossa intenção é, conseguindo fechar contrato para este ano, que a corrida corra bem, seja uma corrida exemplar a todos os níveis e isso nos permita ficar com uma possibilidade em anos vindouros”.

Mesmo sem confirmação de realização de um GP em Portugal, Paulo Pinheiro partilhou que “Recebemos hoje quase mil e-mails do estrangeiro a pedir o link para compra de bilhete, mesmo sem perguntar o preço. É interessante ver que há fome enorme de F1 em Portugal, tanto de portugueses, como de estrangeiros”.

Com isso em mente, poderá o público ser uma realidade nas bancadas do AIA caso a prova se confirme? “Quem vai fazer uma prova pela primeira vez, quer ter público. O principal fator é a corrida ter público. Não faço a ideia se será possível, mas estou a trabalhar afincadamente para isso”.

Relativamente ao pagamento da taxa de realização de prova (‘fee’), Paulo Pinheiro assumiu que “uma corrida custa normalmente 30 a 35 milhões de euros. Com esses valores é difícil acontecer por cá, por muito bom que o circuito e o país sejam. Não vamos pagar ‘fee’.”

Por fim, apesar de ter recebido recentemente a aprovação por parte da Federação Internacional do Automóvel (FIA) para receber a modalidade rainha do automobilismo, Paulo Pinheiro concede que as condições do asfalto não são as ideais para monolugares como os da Fórmula 1.

“Não está perfeito, está aceitável. Era inconcebível fazermos uma corrida de Fórmula 1 com o asfalto como está. Temos de pôr asfalto novo, temos de dar tempo para o asfalto curar, para quando eles vierem cá ter grip [NDR: aderência]. Significa que o circuito vai ter de ser utilizado ao longo do mês, antes de uma corrida para que tenha grip, para que esteja liso e para que eventuais pequenas correções que sejam necessárias fazer sejam feitas em tempo útil, porque tem de ser tudo perfeito, senão não vale a pena estarmos a meter-nos nisto”.