O pedido da Mercedes-AMG para que os comissários desportivos efetuassem uma revisão da defesa de Max Verstappen (Red Bull) à tentativa de ultrapassagem de Lewis Hamilton (Mercedes-AMG) no último GP de São Paulo foi negado pela Federação Internacional do Automóvel (FIA).

A manobra, que causou grande polémica dentro e fora de pista, teve lugar na volta 48, quando Verstappen defendeu a liderança face a Hamilton com uma travagem que obrigou ambos os pilotos a saírem de pista, embora sem consequências de maior.

Hamilton viria mesmo a consumar a ultrapassagem naquele mesmo ponto (Curva 4 do circuito de Interlagos), obtendo assim o triunfo na prova brasileira, mas a sua equipa alemã não poupou nas críticas ao piloto da Red Bull e à atuação da direção de corrida, que decidiu ainda durante a prova não efetuar qualquer investigação ao sucedido.

Com o surgimento de imagens de dentro do carro de Verstappen, mas também de outras câmaras que estavam inacessíveis no momento da decisão dos comissários, a Mercedes-AMG pediu que fosse revista a manobra atendendo às novas provas disponíveis. Porém, já no Catar, palco do Grande Prémio deste fim de semana, os comissários – após reuniões com elementos das duas equipas – decidiram que não há motivo para a revisão da manobra. Ou seja, a pretensão de uma penalização para Verstappen por parte da Mercedes cai por terra.

Em comunicado, os comissários determinaram que, embora as imagens fossem novas, não eram relevantes para a revisão da manobra, acrescentando que as decisões tomadas durante as corridas têm de ser feitas com base na informação disponível e que as oferecidas naquele momento foram suficientes para que a manobra passasse sem uma investigação.