A anterior corrida mais curta da história da Fórmula 1 tinha sido o GP da Austrália de 1991, disputado sob condições de chuva inclementes, disputando-se 16 das 81 voltas previstas. Foi preciso esperar até agosto de 2021, até ao GP da Bélgica, para se encontrar a nova corrida mais curta da modalidade, com apenas três voltas disputadas e nenhuma delas em condições normais – o safety car liderou sempre o pelotão. Neste cenário, Max Verstappen (Red Bull) herdou o primeiro lugar, à frente de George Russell (Williams) e de Lewis Hamilton (Mercedes-AMG).
Já se sabia que a chuva seria um fator a ter em conta neste fim de semana, mas a intensidade da mesma parece ter surpreendido a própria Federação Internacional do Automóvel (FIA), com a direção de corrida a promover adiamentos sucessivos ao arranque da prova. Ainda assim, atrás do safety car, houve uma primeira tentativa para disputar a prova cerca de meia hora depois das 15h00 locais, percorrendo-se três voltas que, de forma confusa, não se perceberam se eram de formação da grelha ou se após a primeira dessas a corrida tinha efetivamente começado.
Face à fraca visibilidade, optou-se por suspender o procedimento de partida, o que motivou ainda maior confusão, com os carros a ficarem na boxe por mais de hora e meia enquanto se esperava uma melhoria do estado do tempo. Efetivamente, às 17h18 locais, a corrida recomeçou uma vez mais atrás do safety car, com os pilotos a lamentarem as condições de visibilidade ainda piores.
Após três voltas, as necessárias para contar como corrida e se entregarem metade dos pontos aos dez primeiros, a bandeira vermelha foi mostrada, colocando-se um ponto final naquilo que para os adeptos da modalidade foi uma péssima demonstração da Fórmula 1 em termos de espetáculo.
Assim, atrás de Verstappen ficaram Russell, Hamilton, Daniel Ricciardo (McLaren), Sebastian Vettel (Aston Martin), Pierre Gasly (AlphaTauri), Esteban Ocon (Alpine), Charles Leclerc (Ferrari), Nicholas Latifi (Williams) e Carlos Sainz (Ferrari). Todos receberam metade dos pontos
Para azar de Sérgio Perez (Red Bull), um despiste na volta de ida para a grelha, forçou-o a perder a parte inicial da ‘corrida’, sendo autorizado posteriormente, atendendo à longa demora para um reinício, a tomar parte da prova, embora tenha caído para a última posição.
Nikita Mazepin (Haas) ficou com a volta mais rápida.
No campeonato de pilotos, Lewis Hamilton mantém o comando (202,5), mas agora apenas com três pontos de vantagem sobre Verstappen (199,5).