Numa sessão com cinco bandeiras vermelhas, Max Verstappen (Red Bull) garantiu a pole position para a corrida ‘sprint’ do GP de Emília Romana de Fórmula 1, aproveitando da melhor forma as circunstâncias de chuva intermitente no circuito Enzo e Dino Ferrari. Charles Leclerc (Ferrari) vai partir do segundo lugar para a corrida curta de sábado que irá definir a grelha de partida para a prova principal de domingo.
No primeiro fim de semana de 2022 com o renovado formato ‘sprint’, prova curta que terá lugar na tarde de sábado, a chuva foi uma das protagonistas deste primeiro dia de ação em Imola, levando a diversos despistes e a períodos de interrupção da sessão de qualificação.
No topo da tabela de tempos, com Carlos Sainz (Ferrari) a autoeliminar-se depois de uma saída de pista ainda na Q2, a luta pela pole position voltou a ser discutida entre Verstappen e Leclerc, com o campeão do mundo a obter o melhor tempo em 1.27,999s pouco antes de uma bandeira vermelha devido à paragem na pista do Alfa Romeo de Valtteri Bottas a três minutos do fim da Q3 (tendo Verstappen abrandado o suficiente ao passar pela bandeira amarela quando fez o seu tempo).
Com a pista molhada (mas em condições intermitentes no que diz respeito à chuva), os pilotos partiram para os últimos três minutos finais da sessão com a missão difícil de melhorar o tempo, mas um despiste de Lando Norris (McLaren) viria a causar outra bandeira vermelha sem que ninguém melhorasse o seu registo – o que seria também muito complicado atendendo ao facto de a pista estar mais molhada no reinício.
Leclerc, que liderou o primeiro treino livre de manhã e demonstrou bom ritmo ao longo de toda a sessão, ficou em segundo, a 0,779s de Verstappen, prevendo-se amanhã uma nova batalha pela primeira posição, que irá definir a grelha de partida para a corrida de domingo. Norris ficou com o terceiro lugar, mas já a 1,1 segundos, ficando escassos milésimos à frente de Kevin Magnussen (Haas), que também causou uma bandeira vermelha na Q3, mas de rápida resolução e resolvida pelo próprio piloto depois de uma saída de pista. Mais um excelente resultado para o regressado piloto dinamarquês.
Fernando Alonso (Alpine) foi o quinto melhor nesta sessão, dando mais uma demonstração de experiência e competitividade em condições bastante difíceis, ao passo que Daniel Ricciardo (McLaren) foi o sexto mais rápido. Sergio Pérez (Red Bull) foi apenas o sétimo melhor, acabando também por ser prejudicado pelas constantes interrupções da sessão, ficando à frente de Bottas e de Sebastian Vettel (Aston Martin), que pela primeira vez colocou um dos carros da equipa britânica na fase decisiva de uma qualificação este ano.
O décimo foi Carlos Sainz (Ferrari), mas o piloto espanhol não chegou a tomar parte da Q3 depois de se ter despistado a meio da Q2, quando procurava garantir um tempo que lhe valesse a passagem à fase decisiva ainda com a pista relativamente seca. Porém, num exagero na última curva, perdeu o controlo do F1-75 e bateu na barreira de proteção, danificando o carro e interrompendo a sessão. Este incidente acabou por ter consequências para os demais pilotos, uma vez que a chuva começou a cair com maior intensidade, pelo que quem estava fora do top 10 não teve forma de melhorar o seu tempo no reinício da Q2 após a remoção do carro de Sainz.
Entre os pilotos que ficaram na Q2 encontram-se os dois Mercedes-AMG, com George Russell a ser o melhor, na 11ª posição, ao passo que Lewis Hamilton foi o 13º, embora este último nunca tenha parecido confortável com o seu carro para um tempo muito melhor. No meio dos dois ‘flecha de prata’ encontra-se o alemão Mick Schumacher (Haas).
Na Q1, o destaque foi o incidente com o Williams de Alexander Albon, que viu um dos discos de travão traseiros do carro explodir de forma espetacular quando travava para a chicane ‘Variante Alta’. Além de Albon, os dois AlphaTauri de Pierre Gasly e de Yuki Tsunoda também ficaram na Q1, assim como Esteban Ocon (Alpine), com problemas na caixa de velocidades do seu monolugar.