Lewis Hamilton (Mercedes-AMG) venceu o GP de Portugal de Fórmula 1, mostrando-se um nível acima dos seus concorrentes em pista. Max Verstappen (Red Bull Honda) foi o segundo, mas incapaz de travar o britânico no seu caminho para o triunfo, ao passo que Valtteri Bottas (Mercedes-AMG) terminou em terceiro.

Esperava-se uma grande batalha entre os Mercedes-AMG e os Red Bull e nas primeiras voltas foi isso que aconteceu, mas com o decorrer da corrida ficou claro que os monolugares da marca alemã eram superiores em termos de andamento puro, sobretudo no caso de Hamilton.

Na partida, Bottas segurou a primeira posição, com Hamilton, Verstappen e Carlos Sainz (Ferrari) logo atrás, enquanto Sérgio Perez (Red Bull Honda) desceu de quarto para quinto. No final da primeira volta, um contacto em plena reta da meta entre os Alfa Romeo de Alfa Romeo de Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi deixou em pista uma série de destroços que obrigaram à entrada em pista do safety car (com Raikkonen a ser obrigado a abandonar em consequência do incidente), mas após o reinício da prova Hamilton foi surpreendido por Verstappen, que ocupou a segunda posição durante algumas voltas até ser superado por Hamilton algumas voltas depois.

Bottas ficou então sob pressão de Hamilton, deixando-se superar pelo britânico no início da 20a volta, após uma manobra arrojada por fora na travagem para a primeira curva. A partir desse momento, Lewis Hamilton começou a aumentar paulatinamente a sua vantagem, enquanto Bottas foi sustendo atrás de si o holandês da Red Bull. A situação não se alterou com as paragens nas boxes, tendo sido Verstappen o primeiro a parar, seguido na volta seguinte por Bottas para impedir qualquer surpresa. O finlandês da Mercedes-AMG conseguiu sair da sua paragem na segunda posição, mas com os pneus mais frios do que os do Red Bull de Verstappen foi superado na reta interior.

As três posições ficaram assim definidas até ao final da corrida, com Hamilton a manter a liderança até ao final da prova, enquanto Verstappen e Bottas encetaram uma batalha entre si pelo ponto suplementar da volta mais rápida. Bottas parou na antepenúltima volta, com Verstappen a fazer o mesmo na penúltima. Com efeito, o plano da Red Bull quase deu certo, uma vez que o holandês registou mesmo a melhor volta na última das 66 passagens pela meta, mas o seu tempo viria a ser ‘apagado’ pela direção de corrida por infração de Verstappen aos limites da pista na Curva 14. Esse ponto ficou assim com Bottas.

Sérgio Perez perdeu o contacto com o trio da frente ao ficar atrás de Lando Norris (McLaren-Mercedes) após o reinício do safety car – tendo ambos passado o Ferrari de Carlos Sainz logo na curva 1 –, terminando em quarto lugar. O mexicano ainda chegou a passar pelo comando após as paragens de Hamilton, Verstappen e Bottas, mas apenas devido a um primeiro ‘turno’ mais longo com os seus pneus. No entanto, a sua corrida revelou-se solitária atendendo que o seguinte foi Lando Norris, mas já bem distante. O piloto britânico da McLaren voltou a revelar-se bastante forte, sobressaindo como o melhor dos ‘outros’, ou seja, dos que não são da Mercedes e da Red Bull.

Charles Leclerc (Ferrari) foi o sexto, ficando a apenas quatro segundos de Norris, dando assim continuidade à batalha entre as duas formações, ao passo que Esteban Ocon deu continuidade à boa forma da Alpine que havia sido visto na qualificação e terminou em sétimo, logo à frente do seu colega de equipa Fernando Alonso, naquele que foi um bom resultado de conjunto para a marca francesa.

Fruto de uma fase final de ataque, Daniel Ricciardo (McLaren-Mercedes) terminou em nono, com Pierre Gasly (AlphaTauri) a ficar com o ponto final, superando Carlos Sainz (Ferrari) já nas voltas finais. Para o espanhol da equipa italiana, uma prova no sentido descendente, o mesmo sucedendo com os Aston Martin (Sebastian Vettel foi 13º e Lance Stroll o 14º) e com o Williams de George Russell, que começou de 11º e terminou em 16º, imediatamente â frente de Mick Schumacher, com o alemão a deixar novamente o seu companheiro de equipa na Haas a uma distância considerável.