Verstappen já havia demonstrado estar bastante forte na qualificação, ao obter a pole position, mas foi surpreendido por Hamilton no arranque para a corrida, acabando por ficar com o segundo posto, logo à frente do seu colega de equipa Sergio Pérez. Porém, na primeira fase da prova Hamilton não conseguiu distanciar-se acabando por ser Verstappen a colocar o britânico da Mercedes sob pressão, embora nunca chegando a tentar a ultrapassagem dada a maior rapidez em linha reta do carro alemão (apesar da ajuda do DRS no caso do piloto da Red Bull).
Optando por uma estratégia diferente, a Red Bull decidiu parar Verstappen logo na 11ª volta, montando pneus Duros, com Hamilton a fazer manobra semelhante na 14ª volta. Em resultado deste procedimento, Verstappen saltou para o comando da prova, com cerca de seis segundos de vantagem.
Mas com o piso abrasivo do circuito de Austin, era necessária mais uma paragem nas boxes para ambos os pilotos, com Verstappen a antecipar-se uma vez mais, entrando nas boxes na 29ª volta para mais um jogo de pneus Duros, enquanto Hamilton permaneceu em pista por mais umas voltas na esperança de ter pneus mais frescos – e rápidos – na fase final da corrida. A sua paragem realizou-se na 37ª volta, voltando à pista com 8,8 segundos de atraso para Verstappen. Das boxes, a sua equipa deu-lhe a deixa: “tudo será decidido nas últimas três voltas”.
Embora conseguindo ganhar tempo de forma sistemática a Verstappen após a sua segunda paragem nas boxes, Hamilton sentiu problemas em seguir de perto o Red Bull assim que ficou a menos de dois segundos, acabando por nunca conseguir uma tentativa de ultrapassagem real, não tendo sequer o benefício do DRS em nenhum momento. Dessa forma, apesar da pressão constante, Verstappen venceu a prova americana perante bancadas cheias, reforçando a sua liderança na tabela de pilotos com um triunfo bastante celebrado, sobretudo após algumas corridas em que a Mercedes-AMG parecia estar num patamar ligeiramente superior.
Pérez foi gradualmente perdendo o contacto com o duo da frente e ficou com um terceiro lugar bastante solitário, embora tendo de lidar com um problema no seu sistema de bebida, que não esteve operacional na prova, acabando por ser bastante exigente em termos físicos. O mexicano cortou a meta a 42 segundos do seu colega de equipa, numa boa operação de conjunto para a Red Bull.Charles Leclerc (Ferrari) ficou com a quarta posição, numa prova igualmente solitária depois de se superiorizar na partida aos dois McLaren, com Daniel Ricciardo a ser o quinto. O australiano teve ainda uma acesa batalha com o outro Ferrari, de Carlos Sainz, que danificou ligeiramente a asa dianteira do seu carro após uma tentativa de ultrapassagem falhada a Ricciardo, sendo posteriormente ultrapassado por Valtteri Bottas (Mercedes-AMG) que partiu de nono após uma penalização por mudança de motor de combustão. Envolvido nas suas próprias batalhas, Bottas não foi além do sexto lugar, imediatamente à frente de Sainz, ao passo que Lando Norris (McLaren) foi o oitavo.
O jovem Yuki Tsunoda (AlphaTauri) ficou com o oitavo lugar no final, compensando de certa forma o abandono de Pierre Gasly com problemas na suspensão traseira, ao passo que o último ponto ficou no ‘bolso’ de Sebastian Vettel (Aston Martin), que efetuou uma bela recuperação depois de partir de 18o após uma penalização.
Má prova para a Alpine, que teve os seus dois pilotos de fora, ambos por problemas mecânicos, embora estivessem atrasados na classificação.
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