Max Verstappen (Red Bull) teve de lutar até ao fim do GP dos EUA para assegurar a sua 15ª vitória da temporada, tendo de se bater com Lewis Hamilton (Mercedes) e Lando Norris (McLaren) para terminar em primeiro lugar. O britânico da Mercedes terminou mesmo a prova a fazer pressão sobre o seu rival neerlandês, com pouco mais de dois segundos a separá-los sobre a linha de meta.

Dos 15 triunfos de Verstappen na temporada de 2023, este terá sido o mais difícil, atendendo ao sexto lugar da grelha de partida, às dificuldades com os travões no seu Red Bull e à rapidez dos Mercedes de Hamilton e McLaren de Norris, que em momentos diferentes da prova se revezaram como principais rivais.

Com a estratégia de pneus a ser bastante diferente entre os pilotos das quatro equipas mais rápidas, acabou por ser Verstappen a levar a melhor, chegando ao comando na volta 28, mas com Norris primeiro e Hamilton depois a venderem cara a derrota, sobretudo este último que, no seu último turno, ultrapassou Norris e partiu em perseguição a Verstappen.

O facto de ter pneus médios em comparação com os compostos duros utilizados por Norris e Verstappen fez com que tivesse um ritmo mais competitivo, mas faltaram voltas para que conseguisse executar qualquer ataque na luta pela liderança. Com este resultado, Verstappen conseguiu o seu 15º triunfo desta época e a 50ª da sua carreira, estando agora a apenas uma de igualar o recorde de Alain Prost.

Hamilton tirou o melhor partido das melhorias introduzidas este ano no monolugar da Mercedes, mostrando-se a segunda força do pelotão, com Lando Norris a terminar em terceiro, num bom resultado para o jovem piloto britânico que ainda passou pela liderança na primeira parte da prova, ao partir melhor do que Charles Leclerc (Ferrari), que fez a pole position.

Mas o monegasco não foi o melhor representante da equipa italiana, cabendo essa ‘honra’ a Carlos Sainz, que terminou a prova no quarto posto e a pouco mais de quatro segundos do lugar mais baixo do pódio, executando uma boa prova, ao passo que Sergio Pérez (Red Bull) terminou em quinto.

Só depois aparece Leclerc, que ao ser colocado numa estratégia de uma paragem para mudança de pneus esteve sempre obrigado a conservar pneus. Depois das segundas paragens de todos os pilotos que estavam à sua frente, ainda passou pelo comando, mas foi caindo posições à medida que os seus rivais mais bem apetrechados foram passando por si. Conseguiu segurar o sexto lugar ‘in extremis’ face ao ataque tardio de George Russell (Mercedes), que também não teve uma corrida propriamente positiva, já que foi amplamente batido pelo seu colega de equipa.

Pierre Gasly (Alpine) foi o oitavo classificado, à frente de Lance Stroll (Aston Martin), que regressou aos pontos e compensou a equipa do abandono de Fernando Alonso, que rodava à sua frente na fase final antes de começar a reportar problemas com a suspensão traseira do seu monolugar. Porém, a FIA indicou que está a investigar a conduta de Stroll na partida, podendo daí advir uma eventual penalização.

Assim e por enquanto, o décimo lugar ficou para o japonês Yuki Tsunoda (AlphaTauri), que teve mais uma corrida de bom nível, conseguindo mesmo a façanha de realizar a melhor volta da corrida na última passagem pela meta depois de montar pneus macios para o efeito. Ou seja, duplicou a sua conta de pontos, já que ao ponto do décimo lugar juntou o da volta mais rápida.