A prova neerlandesa disputou-se sob a ameaça constante da chuva, tendo sido marcada por dois períodos de chuva mais forte, uma no início e outra a nove voltas do fim. Apesar de todas as dificuldades, o denominador comum foi o superior andamento de Verstappen, que partiu da pole position, apesar de não ter sido dele a liderança em todas as voltas. Com efeito, se a partida foi feita com o piso seco, logo à segunda volta assistiu-se à chegada da chuva, com alguns pilotos a optarem por rumarem às boxes para montarem pneus intermédios para chuva ligeira.
Sergio Pérez (Red Bull) foi um deles e logrou saltar para o comando, já que parou uma volta antes de Verstappen, Alonso e companhia, conseguindo manter a primeira posição, enquanto Verstappen rapidamente recuperou até segundo e depois parou primeiro nas boxes para montar pneus para piso seco, com a sua rapidez em pista a valer-lhe a subida à liderança quando Pérez parou, apenas uma volta depois.
Daí em diante, mesmo com uma situação de bandeira vermelha e nova partida (lançada) a seis voltas do final, Verstappen não teve problemas em manter atrás de si Fernando Alonso para obter a 11ª vitória da temporada. O espanhol esteve em grande forma ao longo de toda a prova, tirando partido de um Aston Martin atualizado, com o seu talento a ajudar nas condições difíceis em que a prova se disputou. Alonso regressou ao pódio pela primeira vez desde o GP do Canadá deste ano.
Já Pérez foi um dos pilotos apanhados pela chuva forte que começou a cair (tal como Guanyu Zhou, da Alfa Romeo, e Lewis Hamilton, da Mercedes, o primeiro terminando mesmo a corrida nas barreiras de pneus) e perdeu a segunda posição devido a uma saída de pista no final da reta da meta, seguindo depois para as boxes para montar pneus para chuva, mas a corrida seria interrompida nesse momento. Para piorar a sua situação, já depois do recomeço, ser-lhe-ia imposta uma penalização de cinco segundos ao tempo final por ter excedido o limite de 60 km/h na via das boxes.
O mexicano viria a terminar em terceiro, mas a tal penalização levou-o a cair para trás de Pierre Gasly, com o piloto francês da Alpine a celebrar de forma entusiástica um pódio numa corrida em que esteve bastante competitivo, estando sempre entre os homens da frente e mostrando-se difícil de ultrapassar.Pérez ficou em quarto, mas abriu uma distância suficiente para o espanhol Carlos Sainz (Ferrari), que teve grandes dificuldades para manter Lewis Hamilton atrás de si nas voltas finais. Sainz criou mesmo um pequeno ‘comboio’ atrás de si, com Hamilton e Lando Norris (McLaren) em contenda direta pela quinta posição, mas as posições finais seriam exatamente estas.
Alex Albon (Williams) deu seguimento a uma qualificação de grande nível e terminou em oitavo, à frente de Oscar Piastri (McLaren) e de Esteban Ocon (Alpine), fechando este o lote de posições pontuáveis.
Nota para os abandonos de George Russell (Mercedes) e de Charles Leclerc (Ferrari), ambos com corridas para esquecer, mas também de Logan Sargeant (Williams) que, depois do brilharete de chegar à Q3 na qualificação, se despistou com alguma violência na 16ª volta, obrigando à entrada em pista do safety car.
No campeonato de Pilotos, a luta pelo título resume-se praticamente a Verstappen, que detém agora 138 pontos de vantagem sobre Pérez, fazendo com que a obtenção do seu terceiro título seja meramente uma formalidade. O próximo Grande Prémio realiza-se em Monza, Itália, já no próximo fim de semana.
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