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Lewis Hamilton: Sete momentos-chave de uma carreira de sucesso inevitável

No seu ano de estreia, em 2007, Lewis Hamilton deixa patentes as suas qualidades ao volante de um monolugar, conseguindo o seu primeiro triunfo no GP do Canadá e lutando pelo título até ao final...
... O que lhe valeu uma rivalidade intensa com Fernando Alonso na McLaren, contratado nesse mesmo ano e visto como o piloto número 1 devido aos seus dois títulos mundiais. Porém, na pista, a 'conversa' foi outra e os dois pilotos protagonizaram algumas cenas polémicas, como no GP da Hungria de 2007.
O primeiro título mundial de pilotos de Hamilton é conquistado em 2008, numa decisão frenética do campeonato que só teve lugar nos últimos metros da temporada. No GP do Brasil, Felipe Massa (Ferrari) venceu e teve o título na mão durante alguns segundos até Hamilton cortar a meta com os pontos necessários.
Terminado o seu périplo na McLaren, o britânico transferiu-se para a Mercedes-AMG. Com a mudança de regulamentos em 2014, para a era híbrida, estavam criadas as fundações para um período de sucesso destinadas a criar recordes. Em 2014, o seu segundo título.
Também na Mercedes, Hamilton encontra um rival à altura na forma de Nico Rosberg. O piloto alemão, filho de Keke Rosberg, foi 'osso duro de roer' para Hamilton, não evitando também algumas colisões em discussões em pista. Em 2016, Rosberg quebra a hegemonia de Hamilton.
Um cenário carregado de simbolismo para um feito impressionante. No circuito de Nürburgring, para o GP de Eifel, Hamilton iguala o número de triunfos de Michael Schumacher (91), recebendo o seu capacete das mãos do filho, Mick. Hamilton não parou aí e já é o mais bem-sucedido...
Além das lutas dentro das pistas, Lewis Hamilton é também um símbolo da luta contra o racismo, apelando à igualdade de oportunidades. De forma simbólica, unindo-se aos protestos gerados pela morte de George Floyd nos Estados Unidos, Hamilton começou por se ajoelhar para pedir respeito. Alguns colegas de profissão seguiram-no, como documenta a foto, na Áustria.

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Após o GP da Turquia, Lewis Hamilton voltou a destacar a importância de se acreditar nos sonhos e de persegui-los de forma implacável como uma caminho para se chegar a um patamar único. O piloto que é hoje o mais vitorioso da Fórmula 1 e está empatado no número de títulos mundiais com o alemão Michael Schumacher, esteve sempre destinado a grandes feitos, desde o seu tempo do karting, passando pela GP2 (antecessora da Fórmula 2) e agora na Fórmula 1.

Passou-se muito tempo desde que Lewis Hamilton se apresentou ao anterior diretor da McLaren, Ron Dennis, ainda criança, para lhe confessar o seu sonho de um dia ser campeão do mundo na Fórmula 1. Se alguns poderiam encarar as palavras do jovem Hamilton como um gracejo juvenil, Dennis não ignorou o britânico e começou a seguir as suas pisadas na competição, financiadas pelo pai Anthony Hamilton.

Prestações de sonho na GP2 levaram-no rapidamente à Fórmula 1, modalidade na qual se estreou em 2007, na McLaren de Ron Dennis, com a missão de acompanhar o bicampeão Fernando Alonso. Logo aí fez jogo igual com o espanhol, obtendo o seu primeiro triunfo no Canadá e criou uma batalha interna que acabaria por deixar o título mundial ao alcance de Kimi Raikkonen, então num Ferrari.

A temporada seguinte seria de alegria maior, com o seu primeiro título mundial conquistado no final mais dramático de sempre de uma temporada, batendo Felipe Massa (Ferrari) no GP do Brasil. Depois, viriam alguns anos de altos e baixos, acabando por trocar a McLaren pela Mercedes-AMG, que havia regressado oficialmente à Fórmula 1 em 2010, nos alicerces da campeã Brawn GP em 2013. Curiosamente, viria a substituir o piloto de maior sucesso na modalidade, Michael Schumacher, cujos recordes eram julgados inalcançáveis – 91 triunfos e sete títulos mundiais. Um já está batido, o outro poderá sê-lo em 2021, se a competitividade da Mercedes-AMG se mantiver.

“Um sonho desde que era miúdo e via os grandes prémios na televisão. Isto está muito para além desses sonhos. É muito importante que os jovens vejam isto e saibam que, mesmo que lhes digam que não podem fazer algo, que devem perseguir os seus sonhos. Sonhem o impossível e convertam-no em realidade, trabalhem para isso e nunca desistam, nunca duvidem de si mesmos”, disse Lewis Hamilton pouco depois de terminar a prova em Istambul, a qual venceu.

Foi ao serviço da marca da estrela que Hamilton obteve o seu maior pecúlio, com seis títulos mundiais entre 2014 e 2020, apenas falhando um para Nico Rosberg, seu companheiro de equipa.

O britânico é hoje considerado o melhor piloto da modalidade, mesmo com o surgimento de novas vedetas e a continuidade de outras, fazendo-se valer de experiência, rapidez e imenso trabalho para se manter na crista da onda. Além de todo o seu trabalho dentro da pista, Hamilton é também um lutador por causas mais humanitárias, lutando pela igualdade de oportunidades de pessoas com deficiências (Nicolas Hamilton, o seu irmão tem paralisia cerebral) e, mais recentemente, encetando uma luta contra o racismo na Fórmula 1, entendendo que aquela é a melhor plataforma comunicacional possível – uma causa que levou mesmo a Mercedes-AMG a trocar a sua habitual cor prateada pelo negro na carroçaria dos monolugares para 2020.

Eis alguns momentos-chave para uma carreira que, afinal, se tornou inevitável rumo ao sucesso.