Marca com peso histórico nas competições automóveis, a Maserati anunciou o seu regresso em força ao automobilismo, planeando a sua entrada em 2023 na Fórmula E, campeonato de monolugares 100% elétricos.

A marca do ‘Tridente’ será a primeira companhia italiana a participar naquela modalidade, reforçando o seu empenho e aposta na mobilidade elétrica desportiva. A Maserati revelou ainda que a sua gama totalmente elétrica terá a denominação Folgore, prevendo-se que todos os novos modelos da marca venham a estar disponíveis também em versão 100 % elétrica, incluindo os Grecale, GranTurismo, GranCabrio e o superdesportivo MC20.

A Maserati estará pela primeira vez na grelha de partida da temporada nove com o novo monolugar Gen3 (terceira geração), o carro de Fórmula E mais rápido, ligeiro e potente de sempre. O Gen3 é apontado como o carro de corridas mais eficiente do mundo, apresentando uma série de inovações tecnológicas, de produção e de design líderes na indústria.

“Estamos muito orgulhosos por regressar ao local a que pertencemos e por assumir um papel de protagonistas no mundo das corridas. Somos movidos pela paixão e inovadores por natureza”; refere Davide Grasso, CEO da Maserati. “Na corrida por mais e melhores performance, luxo e inovação, a Folgore é irresistível e a mais pura expressão da essência da Maserati. É por isto que decidimos voltar a competir com o Campeonato do Mundo de Fórmula E, encontrando os nossos clientes nos centros das cidades de todo o mundo, conduzindo o Tridente runo ao futuro”, acrescentou.

Jean-Marc Finot, vice-presidente sénior da Stellantis Motorsport, acrescenta que “é um enorme prazer para a Stellantis Motorsport fazer parte do regresso da Maserati à competição. Além deste marco histórico, o Fórmula E da Maserati será o nosso laboratório tecnológico para acelerar o desenvolvimento de motores eletrificados de alta eficiência, e de software inteligente para os nossos automóveis desportivos de estrada. A Fórmula E é o campeonato perfeito para este propósito, e estamos muito orgulhosos por ser a primeira marca italiana a participar no mesmo”.

Por seu turno, Alejandro Agag, fundador e Presidente da Fórmula E, também celebra a chegada da Maserati ao campeonato, considerando que a sua modalidade “proporciona o ambiente perfeito para que as mais dinâmicas e inovadoras marcas de automóveis de altas prestações exibam as suas capacidades tecnológicas, assim como as suas ambições a nível desportivo”.

‘Tridente’ forjado na competição

O passado da Maserati está intimamente ligado à competição, embora não tenha sido uma aposta contínua como noutras companhias, como a Ferrari. A sua estreia na competição ocorreu há 96 anos, com o primeiro carro de corridas a exibir o logótipo do Tridente no capot a ser o Tipo 26, que se estreou na Targa Florio em 1926, obtendo o primeiro lugar na classe de até 1.5 litros, com Alfieri Maserati ao volante.

Trinta e um anos mais tarde, em 1957, Juan Manuel Fangio venceu o Campeonato do Mundo de F1 com a Maserati, naquele que foi o ponto alto da participação da marca no automobilismo.

A última vez que um monolugar Maserati foi visto em pistas foi com Maria Teresa De Filippis, a primeira mulher da história a qualificar-se para um Grande Prémio de Fórmula 1, a bordo de um 250F.

A sua última aparição na competição foi com o impressionante MC12, que venceu 22 corridas (incluindo três vitórias nas 24 Horas de Spa) e 14 títulos da Taça do Mundo FIA GT, nas categorias de Construtores, Pilotos e Equipas, entre 2004 e 2010.

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