Apoiada pelo sucesso da série ‘Drive to Survive’ da plataforma de streaming Netflix, a Fórmula 1 tem vindo a ganhar uma nova geração de adeptos, com um crescimento anual de seguidores nas redes sociais na ordem dos 30,73%, de acordo com um estudo da GlobalData.

Embora alvo de algumas críticas por parte de adeptos e de alguns pilotos por nem sempre retratar a modalidade de forma mais realista – havendo algumas críticas quanto à criação artificial de algumas polémicas –, a série documental ‘Drive to Survive’ tem vindo a trazer para a modalidade uma nova geração de entusiastas que, até aqui, desconheciam ou que não eram propriamente seguidores das corridas do Mundial de Fórmula 1.

Porém, de acordo com um estudo da analista GlobalData, essa série tem sido a responsável pelo substancial crescimento de popularidade da Fórmula 1, sobretudo numa fase em que a modalidade está quase integralmente disponível em transmissões de canal fechado (como em Portugal, sendo transmitida pela Sport TV) ou em aplicações próprias, tendo desaparecido das televisões generalistas em canal aberto numa grande parte dos países.

Os dados apontam para um crescimento anual de 30,73% nas redes sociais, o que apenas é comparável aos Jogos Olímpicos, cuja popularidade cresceu 31,76% nos últimos 12 meses. No entanto, sendo os Jogos Olímpicos um evento que apenas se realiza de quatro em quatro anos, não é expectável que apresente os mesmos números em 2023, ao contrário da Fórmula 1, sobretudo se se mantiver a emoção em pista.

“À medida que nos movemos para uma fase sem cobertura de Jogos Olímpicos, a Fórmula 1 poderá de forma realista contar com um crescimento similar na popularidade em 2023”, refere Jake Kemp, analista de desporto da GlobalData, acreditando que a modalidade possa ser aquela que disponha de maior presença global no início de 2023.

Lewis Hamilton é ‘rei’ das redes sociais

Mas não é só a modalidade, em si, a crescer. As equipas e pilotos também beneficiam deste efeito e viram o seu número de seguidores online aumentar de forma significativa, ainda que também em proporções distintas consoante os nomes de que se falam.

Ainda de acordo com os dados da GlobalData, a popularidade total online das diferentes equipas cresceu a um ritmo entre 16,67% e 47,64%, havendo um total combinado de seguidores por equipa na ordem dos 10.55 milhões. A Aston Martin foi aquela que contou com a maior percentagem no crescimento no período em análise, tratando-se do seu regresso às pistas no início da temporada de 2021.

“Todos os pilotos que alinharam à partida da temporada de 2021 e que tinham contas ativas nas redes sociais viram um grande aumento na sua popularidade online”, assinala Kemp, referindo-se aos pilotos. “Por exemplo, o piloto russo que saiu recentemente do campeonato, Nikita Mazepin, viu o maior crescimento, de 299,2%. Apesar de perder a coroa de campeão nos pilotos, Lewis Hamilton continua a ser a maior atração individual do desporto em 2022, com mais de 39.97 milhões de seguidores online – mais de três vezes mais do que qualquer outro na grelha de partida deste ano”.