A revolução já era conhecida, mas apenas agora ganhou um formato real para que as equipas e os adeptos possam ter uma noção mais realista de como serão os novos monolugares de Fórmula 1 para 2022. O monolugar-tipo foi hoje apresentado num evento virtual que contou com a presença de dois dos responsáveis técnicos pelo formato deste novo carro, Ross Brawn e Nikolas Tombazis.

Fruto de um extenso trabalho de investigação, o próximo monolugar de Fórmula 1 irá representar uma autêntica revolução no que ao design e estilo diz respeito, com a vertente aerodinâmica praticamente toda revista, em paralelo com combustíveis mais sustentáveis e pneus de maiores dimensões. Uma vez mais, fornecidos pela Pirelli, com 18 polegadas em vez das atuais 13 polegadas.

O monolugar ganha uma aparência mais fluída, com asas dianteiras e traseira mais arredondadas e bastante menos complexas, numa reformulação técnica que tem por objetivo incrementar a facilidade de ultrapassagens em pista, ao diminuir a perturbação do fluxo de ar entre dois carros quando rodam em proximidade.

Além disso, o novo monolugar passa a confiar naquilo que é denominado ‘efeito-solo’, ou seja, o efeito de colagem ao solo a alta velocidade, algo que era técnica comum nas décadas de 1970 e 1980. O sistema DRS manter-se-á na asa traseira (permitindo a abertura do plano superior da asa para assim ganhar mais velocidade e facilitar a ultrapassagem), mas o seu papel será analisado em conjunto com as novas regras para se perceber se continua a ser necessário.

Também os pneus irão contribuir para esses ganhos e para uma aparência mais agressiva, passando a dispor de pneus de 18 polegadas, embora seja efetivamente a jante que cresce no seu diâmetro. O novo pneu Pirelli P Zero F1 tem a mesma banda de rolamento que os anteriores (305 mm à frente e 405 mm atrás), mas um diâmetro ligeiramente maior, crescendo de 660 mm para 720 mm. A mudança mais significativa dá-se com a redução da parede lateral do pneu, que se aproxima agora mais de um pneu de estrada de baixo perfil. Os compostos dos pneus serão também totalmente novos.

Junto aos pneus aparecem pequenas asas internas, enquanto as jantes são novamente cobertas, a exemplo do que sucedeu em 2009.

No campo dos motores nada mudará em termos técnicos, mas a FIA obrigará a utilizar combustíveis sustentáveis com vista ao seu desenvolvimento mais rápido para a eventual passagem para as estradas, onde poderão vir a ajudar a reduzir as emissões de CO2 dos milhões de automóveis de combustão em circulação. Assim, em 2022, o combustível será E10, referente a 10% de Etanol na sua composição.

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