A marca japonesa tomou a dianteira ainda na fase inicial de uma prova que teve a duração de oito horas, com os seus dois carros a seguirem juntos na maior parte do tempo, enquanto as emoções das lutas por posições ficaram reservadas para todos os outros. Tanto mais que o carro #7 terminou com apenas 2,168s de vantagem sobre o carro #8 de Sébastien Buemi, Brendon Hartley e Ryo Hirakawa, mas o terceiro classificado, o Ferrari 499P #50, ficou a duas voltas de distância.
Com este resultado, a Toyota obteve o seu 40º triunfo no WEC, cimentando uma posição muito sólida na modalidade, embora seja de enaltecer que a marca japonesa beneficia de uma enorme vantagem em termos de preparação e experiência que praticamente ainda nenhum dos outros construtores dispõe.
Embora tenha terminado a uma grande distância, o Ferrari de Antonio Fuoco, Nicklas Nielsen e Miguel Molina esteve a maior parte da corrida na mesma volta dos Toyota, chegando mesmo a lutar no mesmo nível que os Toyota logo no arranque – até porque partiu da pole position, um feito para a marca italiana no seu regresso às provas de resistência ao mais alto nível. Porém, a partir do momento em que variou a sua estratégia de paragens nas boxes num período de bandeiras amarelas, deixou de ser uma ameaça para o duo da frente.
Ao invés, o carro #50 teve de se preocupar e muito com os outros carros da Porsche e da Cadillac, tendo protagonizado interessantes batalhas no sinuoso circuito de Sebring. Na parte final da prova, o Cadillac #2 de Alex Lynn, Earl Bamber e Richard Westbrook ameaçaram bastante o terceiro posto da Ferrari, mas acabou por ser a formação italiana a iniciar a temporada no pódio.
Os Porsche ficaram em quinto e sexto, com o 963 Hypercar #5 de Frederic Makowiecki, Michael Christensen e Dane Cameron a terminar 23,977s à frente de carro ‘gémeo’ de Laurens Vanthoor, Andre Lotterer e Kevin Estre, com o #6. O segundo Ferrari 499P Hypercar, pilotado por Alessandro Pier Guidi, James Calado e Antonio Giovinazzi, com o #51, terminou no sétimo lugar, tendo estado também nas batalhas pelos lugares a seguir aos Toyota. No entanto, perdeu muito tempo já na fase final após um contacto com um outro Ferrari, mas da categoria LMGTE Am (#54) que o obrigou a parar nas boxes por cerca de 20 minutos para reparações.A Floyd Vanwall terminou no oitavo posto, com o único carro da equipa, pilotado por Jacques Villeneuve, Tom Dillmann e Esteban Guerrieri, a mostrar um andamento regular e suficiente para ficar à frente dos dois Peugeot 9X8 oficiais, que tiveram uma prestação sobremaneira discreta no circuito de Sebring, nunca demonstrando ritmo, sequer, para se imiscuir na luta pelas posições cimeiras.
Nota ainda para o abandono do outro Hypercar inscrito, o Glickenhaus 007, que foi obrigado a parar em pista com um problema técnico no carro.
Na categoria LMP2, o triunfo coube ao Oreca-Gibson #48 da Team JOTA, pilotado por Yifei Ye, Will Stevens e David Beckmann, passando a controlar a corrida depois de o carro que inicialmente dominou a corrida, o United Autosports #23, pilotado por Oliver Jarvis, Joshua Pierson e Tom Blonqvist abandonar devido a um problema elétrico.
Porém, o outro carro da United Autosports, no qual Filipe Albuquerque faz equipa com Philip Hanson e Frederick Lubin, manteve-se na luta e pressionou o líder até final, cruzando a meta apenas 2,8 segundos atrás.
Nos GTE Am, o Corvette C8.R de Nicolas Varrone, Ben Keating e Nicky Catsburg venceu a categoria de forma dominante, duas voltas na frente do Porsche da Dempsey-Proton Racing, pilotado por Christian Ried, Mikkel Pedersen e Julien Andlauer.
A próxima ronda do Mundial de Endurance terá lugar no Algarve, com as 6 Horas de Portimão, a 16 de abril.
Resultado (classe Hypercar)
1º #7 TOYOTA Gazoo Racing 239 voltas
2º #8 TOYOTA Gazoo Racing +2,168s
3º #50 Ferrari AF Corse (Fuoco/Molina/Nielsen) +2 voltas
4º #2 Cadillac Racing (Bamber/Lynn/Westbrook) +2 voltas
5º #5 Porsche Penske (Cameron/Christensen/Makowiecki) +4 voltas
6º #6 Porsche Penske (Estre/Lotterer/Vanthoor) +4 voltas
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