WRC deverá adotar tecnologia híbrida em 2022

24/04/2019

A tecnologia híbrida deverá chegar ao Mundial de ralis (WRC) já em 2022, afirmou hoje Yves Matton, responsável da Federação Internacional do Automóvel (FIA), em entrevista à AFP.

A tendência de eletrificação no desporto automóvel tem vindo a crescer nos últimos, com a Fórmula 1 a ser atualmente o único dos campeonatos sancionados pela FIA a contar com uma solução híbrida na forma da combinação entre um V6 e uma unidade elétrica. A Fórmula E adota, por outro lado, uma solução 100% elétrica, tendo vindo a ganhar popularidade nos últimos anos.

Por isso, adianta Matton, o Mundial de Ralis irá também contar com esta tecnologia em breve.

“A única coisa que está clara para todo o mundo é que vai ser introduzida uma solução híbrida. Estamos em vias de discutir o momento com cada construtor, para compreender quais são as suas ideias para usar a futura regulamentação, como ferramenta de marketing”, referiu Yves Matton, quando questionado sobre as orientações a apresentar este ano e que devem entrar em vigor em 2022.

O responsável admitiu uma “hibridização” dos motores, com a potência atual, e não uma “solução 100% elétrica”, adiantando ainda que o objetivo “não é ter um custo descontrolado como noutras disciplinas em que se adotaram os motores híbridos, mas estudar a forma de manter os níveis atuais, reduzindo o custo”, frisou. Matton defendeu a manutenção do “atual desempenho” dos carros, sem definir a potência.

“Falamos, sobretudo, de desempenho, sabendo que o modelo escolhido terá ganhos em termos de massa dos carros, que terão de ser compensados. Mas, o rácio final vai permanecer, a fim de satisfazer os adeptos e permitir um espetáculo interessante”, prosseguiu.

Questionado sobre a possibilidade de outros construtores se juntarem à Toyota, Citroën, Hyundai e à Ford (esta semioficial) no WRC, perante essas novas orientações, o responsável reconheceu que há interessados, mas não revelou quais.

“Os princípios da nova regulamentação vão ser estabelecidos, o objetivo é apresenta-los em junho para tentar ter o regulamento técnico no final do ano, sendo assim mais fácil abordar os construtores que tenham manifestado interesse no dossiê (…) e cujas tecnologias não colidam com nenhum dos construtores [atualmente no campeonato]”, rematou.

Com Lusa

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