Contacto Nissan Juke: Mais eficaz em todos os sentidos

11/10/2019

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As estradas da Catalunha foram as escolhidas pela Nissan para a apresentação europeia do novo Juke, modelo que reformula as esperanças da marca japonesa no reforço da sua posição no mercado europeu. Uma ambição fundada, atendendo ao sucesso granjeado pela primeira geração – da qual foram vendidas mais de um milhão de unidades – e ao complexo trabalho de melhorias feito na nova geração.

Embora fosse um SUV elogiado pelo lado da condução, ao Juke anterior faltava muita da ‘souplesse’ na passagem por maus pisos, algo que esta nova versão responde com maior suavidade geral, desfeitiando mesmo qualquer receio que as jantes de 19 polegadas pudessem acarretar. Ao invés, um dos primeiros pontos a destacar deste novo SUV é o seu equilíbrio geral em termos de dinamismo e de conforto.

Com maior distância entre eixos, o Juke é eficaz a curvar com rolamento da carroçaria pouco notório e direção mais precisa, permitindo elevada estabilidade direcional, mesmo em percursos sinuosos. Essa sua melhorada vertente dinâmica permite, assim que o Juke aborde qualquer tipo de percurso com renovada confiança, seja numa estrada de montanha, seja numa estrada deteriorada de cidade.

No capítulo motriz, sempre com tração dianteira, o motor 1.0 DIG-T de 117 CV, turbo e de três cilindros, pode ser associado a duas variantes de caixa de velocidades, uma manual de seis e outra automática de dupla embraiagem de sete (concebida pela Getrag). Apresentado pela Nissan como a fórmula mais equilibrada entre prestações e economia, a mecânica tricilíndrica cumpre perfeitamente com as pretensões da marca japonesa, sem aportar consigo grandes desejos desportivos.

Possibilitando boas prestações na grande maioria das situações, ao motor falta-lhe alguma energia em baixos regimes (a sua melhor faixa de utilização está acima das 2000 rpm), o que torna portanto mais importante o recurso à caixa de velocidades manual em caso de necessidade de retomas mais rápidas (o que pode ser explicado pela baixa quilometragem da unidade ensaiada). Já na mudança ‘certa’ imprime bom ritmo e é hábil a manter a velocidade de cruzeiro, não desapontando quem dele espera um ‘parceiro’ de viagem progressivo e eficaz, mesmo que não desportivo.

Ligeiramente mais responsiva pareceu-nos a caixa automática DCT7, que revela suavidade nas passagens de mudança, com o escalonamento mais curto a permitir um melhor aproveitamento do motor 1.0 DIG-T, tanto em acelerações, como nas recuperações.

Curiosamente, apesar de dar uma sensação mais desenvolta, a versão com caixa automática é mais lenta na aceleração dos zero aos 100 km/h, com 11,1 segundos contra 10,4 segundos da variante de caixa manual. Para percursos mais dinâmicos, as patilhas atrás do volante dão-lhe uma emotividade à condução.

Aproveitando essa deixa, os modos de condução alteram de forma notória a rapidez de resposta do acelerador e o nível de assistência na direção, podendo ficar mais ‘pesada’ no modo ‘Sport’, um dos três que estão à disposição do condutor, a par do ‘Standard’ e do ‘ECO’, este último tornando as respostas ainda mais suaves em prol da eficiência.

Ainda no capítulo da condução, demarca-se pela boa visibilidade geral e pelo competente entrosamento com o condutor, que tira partido de boa posição de condução, com volante ligeiramente mais inclinado e bancos monoforma com bom apoio do corpo, para uma experiência muito agradável, comprovando a grande melhoria feita em todos os sentidos pela Nissan. A ideia que resulta dos mais de 200 quilómetros efetuados ao volante dos Juke em Barcelona é que este é um modelo evolutivo, levado no sentido certo pela Nissan, que agora não precisava de revolucionar, mas antes evoluir a receita original de irreverência. Se dúvidas existissem, o Juke está maior e melhor. Pronto para nova batalha no segmento. E para tornar a marca japonesa numa das forças do mercado.

Os preços para o novo Juke arrancam nos 19.900€.

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