O restyling é subtil, mas suficiente para causar impacto e voltar a ser uma proposta sedutora. Os faróis estão mais pequenos e têm uma nova assinatura LED, a grelha está maior e o capô apresenta uma “bossa” que contribui para uma aparência musculada. No exterior há ainda mudanças no para-choques e spoiler traseiro, e as jantes assumem a respeitável medida de 20 polegadas.
No interior, o renovado sistema de infoentretenimento Pivi Pro destaca-se na consola com um monitor tátil de 11,4”. As funcionalidades são as espectáveis, tais como Apple Car Play e Android Auto para além das câmaras 360 graus. O som não foi esquecido, e para quem aprecie ouvir música com qualidade, o equipamento de áudio ficou a cargo da marca de alta fidelidade Meridian.
houve um esforço para manter o equilíbrio entre botões táteis e físicos para o controlo das funções
De um modo geral a ergonomia é boa, houve um esforço para manter o equilíbrio entre botões táteis e físicos para o controlo das funções à exceção do seletor de marcha, que ao utiliza-lo, foi frequente ligarmos a climatização por tocarmos inadvertidamente no botão tátil. O painel de instrumentos totalmente digital também sofreu melhorias na qualidade dos gráficos, é configurável, mede umas generosas 12,3 polegadas, mas não foi fácil encontrar o botão para colocar o odómetro a zeros.
Por ser um SUV, ao volante a posição de condução é naturalmente elevada e é fácil ajustar à nossa ergonomia. O espaço é abundante, especialmente nos lugares de trás que podem acolher três adultos sem problemas. Em andamento o conforto é uma constante e o motor elétrico com 143 cv juntamente com a bateria de 17,1 kWh permite uma autonomia de cerca de 50 km de puro silêncio. Esgotada a sua carga, ou escolhendo o modo Sport entra em funcionamento o motor de combustão 2.0 turbo de quatro cilindros e 300 cv. A potência combinada é de 404 cv com 640 Nm de binário, e consegue impulsionar este gigante com mais de duas toneladas dos 0-100 km/h em 5,3 segundos. Em linha reta é um desempenho impressionante, mas não será a escolha acertada para fazer uma estrada de montanha a um ritmo elevado. O seu comportamento em curva denuncia o peso elevado e mesmo no modo Sport não consegue evitar adornar nas curvas.em modo híbrido é possível obter consumos de 2,8 l/100 km
Se para os passageiros há espaço de sobra, já para as bagagens a coisa piora, por causa das baterias e o motor elétrico estarem colocados por baixo da bagageira, que fica com o piso mais elevado, e vê o seu espaço reduzido para 497 litros face às outras versões.
O ambiente onde o F-Pace P400e PHEV é mais poupado é o urbano, onde é possível obter consumos na ordem dos 2,8 l/100 km, escolhendo o modo de condução Confort, que gere o sistema híbrido de forma automática. Já em autoestrada, assim que ficamos sem bateria verificámos os consumos a subirem para perto dos 11l/100 km. A Jaguar anuncia 5h30 para um carregamento AC a 2,3 kW, numa tomada doméstica. Existe ainda um modo Save, que reserva a utilização do modo elétrico para quando quisermos, ficando a funcionar apenas o motor de combustão. Circular em autoestrada tem ainda o inconveniente de pagar classe 2 nas portagens por causa da tração Integral às quatro rodas.
Ficha técnica:
Jaguar F-Pace P400e PHEV R-Dynamic
Motor: 4 cilindros em linha, gasolina
Cilindrada (cm3): 1.997
Motor elétrico: 105 kW (143 cv)
Potência combinada (CV/rpm): 404/5500
Binário máximo (Nm/rpm): 640/1500-4400
Tração: Integral
Transmissão: Automática ZF de oito velocidades
Prestações e consumos
Aceleração 0-100 km/h (s): 5,3
Velocidade máxima (km/h): 240
Consumos misto (l/100 km): 2,2
Emissões CO2 (gr/km): 49
Dimensões e pesos
Comprimento/Largura/Altura (mm): 4762/2071/1670
Distância entre eixos (mm): 2874
Peso (kg): 2.189
Deposito de combustível (l): 69
Pneus (fr/tr): 255/50 R20 109W
Preço da versão base (Euros): 89.908 €
Preço da versão ensaiada (Euros): 97 752€
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