Nova gama foi renovada. Por fora tem linhas mais limpas, mas sem descaracterizar o Astra. As principais mudanças não estão à vista, mas sentem-se
A nova gama do Opel Astra, que é agora apresentada no Salão de Frankfurt, não engana. As linhas são familiares, sem um grande corte em relação à geração anterior. Mas só no aspeto. Toda a gama foi renovada e a marca consegue um coeficiente aerodinâmico de apenas 0,26 cd.
As novidades não se ficam por aí: todo o chassis foi renovado, sendo mais leve que o anterior em muitos dos seus componentes, novas suspensões e um eixo traseiro com Watt link e novos motores, também eles mais leves que os anteriores em 6 kg permitem à Opel destacar os resultados obtidos no CO2: uma redução até 21% nas emissões, com o motor 1.2 turbo, a gasolina, a conseguir emissões de apenas 99 g/km.
E essa é a grande aposta da nova geração do Astra: emissões mais baixas e melhores consumos e um comportamento menos pesado. O Astra tinha um andamento mais pesado que os seus pares, o que desaparece agora. Em qualquer uma das versões sente-se uma resposta mais solta dos motores, como o próprio rolar e as mudanças de direção.
À primeira vista, o novo modelo mantém as linhas do anterior, mas bastante mais limpo e moderno. As linhas são mais simples, mas sem descaracterizar o Astra. Também por dentro se nota a mesma ideia. Linhas mais direitas, sem tantos botões, mas sem deixarmos de sentir que estamos dentro de um Astra.
O novo Astra foi apresentado no último Salão de Frankfurt e foi nas montanhas nos arredores da cidade alemã que pudemos experimentar as várias versões, todas com três cilindros. Nas versões a gasolina temos um motor 1.2 com 130 cavalos às 5500 rpm e um 1.4 com 145 cv das 5000 às 6000.
A versão 1.2 deverá ser a mais atrativa no mercado nacional, com preços a começar nos 24.690 euros. O motor novo que se revela uma ótima surpresa, mesmo em estradas de curva e contra curva, com boas respostas. Para um andamento citadino, a potência é mais do que suficiente, mas também fácil levar os consumos a subir. A marca anuncia emissões entre os 99 e os 104 g/km e consumos de 4,0 L/100 km (estrada) aos 5,5 L em cidade. Valores que sobem facilmente com um pé um pouco mais pesado.
A versão 1.4, de 145 cv, foi testada na versão carrinha. Mais potência disponível e uma condução mais divertida, mas que pode não justificar a diferença de preço para a maior parte dos condutores, uma vez que o 1.2 se mostra mesmo bastante versátil, atém em autoestrada. A grande diferença entre as duas versões está mesmo na caixa de velocidades, uma vez que o 1.4 vem com a caixa automática CVT de 7 velocidades.
Já no motor diesel, há opção de escolha. O Astra tem um novo 1.5 diesel com 122 cavalos, mas com a opção de caixa manual de 6 velocidades ou uma automática de nove velocidades. Precisa q.b. para a cidade, mas podia ser um pouco mais rápida no meio das curvas.
Com toda uma nova gama que cumpre a norma Euro 6d, a marca aposta muito na palavra eficiência. Se isso se nota na resposta dos novos motores, também se sente ao volante. A condução é mais leve, graças ao chassis renovado, à direção, agora mais direta e aos novos amortecedores.
Quanto a equipamento, destaca-se o sistema de faróis LED IntelliLux, que promete uma condução sempre em máximos e sem atrapalhar os restantes condutores. O Astra vem ainda com novas câmaras e novo software. A câmara dianteira deteta agora peões, por exemplo. O sistema de entretenimento têm três opções Multimedia Radio, Multimedia Navi e Multimedia Navi Pro, este com ecrã tátil de oito polegadas, mas todos podem ser operados por voz e todos compatíveis com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto.
O Astra chega ao mercado nacional já em novembro, mas já pode ser encomendado. A gama terá então três versões: Business Edition, GS Line e Ultimate. Os preços partem dos 24.690 euros para o Astra 1.2 Turbo Business Edition, dos 33.290 euros para 1.4 Turbo Ultimate e dos 28.190 euros para o 1.5 Turbo D Business Edition. Na versão carrinha, a Sports Tourer, os preços começam vão dos 25.640 euros até aos 37.240 euros, aqui com a versão Ultimate, com o 1.5 Turbo Diesel e a caixa automática de nove velocidades.
Filipe Morais