Completamente nova e direcionada para uma maior oferta no setor dos comerciais ligeiros, o novo Mercedes-Benz Citan foi apresentado com dimensões compactas, mas com espaço de carga reforçado e amplas possibilidades de configuração interna para obedecer às distintas necessidades dos clientes. As versões de combustão interna de lançamento (em setembro) serão complementadas mais tarde com uma versão elétrica que deverá chegar em meados de 2022.

Novamente resultante de parceria com o Grupo Renault, a nova geração do Mercedes-Benz Citan foi desenvolvida com o objetivo de oferecer uma ampla versatilidade de utilização quotidiana, contando também com uma variante ‘Tourer’ para passageiros. A ideia de que este é um modelo capaz de tarefas gigantescas esteve presente ao longo de toda a apresentação digital.

Embora inspirando-se em certa medida no concept EQT que a marca alemã apresentou anteriormente, este novo Citan revela linhas menos futuristas, ainda que a identidade siga a filosofia de desenho ‘Pureza Sensual’ que tem sido aplicada nas mais recentes propostas da Mercedes-Benz, alinhando-se então com a demais família da marca, sobretudo a partir da ótica de Gorden Wagener, diretor de design da Daimler.

No entanto, há também um grande foco na funcionalidade, algo que é fundamental para o segmento, não esquecendo a vertente tecnológica e de segurança, dispondo por exemplo da tecnologia MBUX de conectividade e infoentretenimento no nível de equipamento superior. No habitáculo, o tablier aposta num desenho horizontal para maior sensação de largura interior, embora sem descurar o lado prático com diversos espaços de arrumação disponíveis, sobretudo na parte superior do tablier.

“Com a Sprinter e com a Vito alcançámos o sucesso nos segmentos ‘Large’ e ‘Midsize’. O novo Citan, como ‘Small Van’, completa o nosso catálogo. Foi completamente redesenhada por profissionais para profissionais. Desde o desenho inconfundível até ao comportamento de condução, passando pela segurança e conectividade, o Citan tem o ADN da Mercedes-Benz”, refere Marcus Breitschwerdt, responsável da Mercedes-Benz Vans, garantindo também que este será o último modelo comercial do género com motor de combustão interna.

“Ao mesmo tempo, o Citan é o último projeto de veículo da Mercedes Benz Vans com motor de combustão interna para clientes comerciais. Todos os futuros desenvolvimentos estarão disponíveis unicamente com motorização elétrica”, assegura.

Carga e versatilidade

Se o segmento profissional não é todo igual, a marca também aposta na diferenciação e na possibilidade de adaptação a diferentes necessidades. Combina dimensões compactas (4498 mm de comprimento e 2716 mm de distância entre eixos) com uma grande amplitude interior, sendo disponibilizada nesta primeira fase em versões furgão e ‘Tourer’, esperando-se mais tarde a chegada de versões de distância entre eixos mais longa e mista.

A marca garante que o espaço de carga foi ampliado em comparação com a geração anterior: no furgão, por exemplo, o comprimento do espaço de carga é de 3,05 metros (com painel separador flexível), para uma capacidade de até 2,9 m3 (segundo a norma da Associação Alemã da Indústria Automóvel, a VDA). No espaço de carga cabem então duas europaletes em posição transversal, uma atrás da outra. Já o peso rebocável é de até 1,5 toneladas. O novo Citan poderá dispor também de duas portas laterais de correr (uma em cada lado) para uma abertura de até 615 mm. Já em altura, a abertura é de 1059 mm.

O acesso a partir da traseira procurou-se também simplificar, com um ‘lábio’ de carga baixo – a 59 cm do solo – e com a possibilidade de as duas portas traseiras se poderem bloquear a 90 graus ou abrir-se até 180 graus. As duas portas traseiras são assimétricas, pelo que a porta esquerda é mais larga e abre-se primeiro. Opcionalmente, a porta posterior está disponível com vidro aquecido e limpa para-brisas.

Além do painel separador fixo (com ou sem janela) entre a cabina e o espaço de carga, o Citan furgão dispõe também de uma solução giratória, melhorada em relação à geração precedente. Caso seja necessário transportar objetos mais compridos, essa rede pode girar 90 graus para o lado do acompanhante, abatendo-se no sentido do banco do condutor e bloqueando-se. Já o banco do passageiro é rebatível para se obter um piso plano de carga.

O sistema multimédia MBUX conta com os mesmos predicados dos restantes modelos da marca, ou seja, o assistente virtual acionado por comando de voz (bastando dizer ‘Hey Mercedes’), rádio digital, conexão Bluetooth e integração dos smartphones Apple CarPlay e Android Auto. Poderá ainda contar com diversos serviços digitais da aplicação Mercedes me connect, para um maior nível de informação prática do modelo.

Já a ‘Tourer’ recorre a um banco em que os encostos podem ser rebatidos a 1/3 ou a 2/3, permitindo assim maior modularidade.

Disponíveis para ambas as soluções estão tecnologias como a climatização Thermotronic, a função de arranque Keyless-Go e o travão de estacionamento elétrico.

Na vertente da segurança, também não houve falta de empenho, com a Citan Furgão a dispor de série de seis airbags (frontais, laterais e de cortina), com a versão ‘Tourer’ a contar com um airbag central em adição, também de série.

Para a condução noturna, o novo Citan poderá equipar os faróis LED High Performance (opcionais), que melhora a segurança e a visibilidade em todos os aspetos, além de ser ainda uma tecnologia mais eficiente. De acordo com os dados da Mercedes-Benz, o seu consumo é até 75% menor em comparação com elementos luminosos convencionais (dependendo do âmbito de uso).

Gama de motores prepara transição

No lançamento, o novo Citan terá uma gama de motores de combustão interna, mas a preparação para a transição energética segue em ritmo elevado. Os responsáveis da marca garantiram, em apresentação digital, que este foi um grande desafio tendo em conta as necessidades de manter o espaço de carga e a funcionalidade sem constrangimentos. Mas esse objetivo terá sido alcançado pela equipa de desenvolvimento da Mercedes-Benz Vans.

Para já, a gama terá três motores Diesel e dois de gasolina, embora distintas as ofertas no que diz respeito às carroçarias furgão e ‘Tourer’: a primeira terá por base a gasóleo a versão Citan 108 CDI de 75 CV, Citan 110 CDI de 95 CV e Citan 112 CDI de 116 CV, com 230, 260 e 270 Nm de binário, respetivamente, enquanto as versões a gasolina passam pelas Citan 110 de 102 CV e Citan 113 de 131 CV.

A versão 112 CDI com motor de 116 CV oferece ainda uma função de ‘Overpower’ que proporciona um ligeiro aumento de potência e de binário por um breve período de tempo em caso de necessidade (por exemplo, numa ultrapassagem), chegando aos 119 CV e aos 295 Nm.

O Citan Tourer terá três motores no lançamento, uma a gasóleo e duas a gasolina: entre as primeiras está a versão 110 CDI de 95 CV, enquanto as segundas contam com variantes Citan 110 de 102 CV e Citan 113 de 131 CV.

Todos os motores cumprem as normas de emissões Euro 6D, com função start/stop. Além da caixa manual de seis velocidades, os motores de gasolina e Diesel mais potentes poderão ser configurados com caixa automática de dupla embraiagem (DCT) de sete velocidades.

Versão elétrica com 285 quilómetros de autonomia

No segundo semestre de 2022 chegará então a eCitan, versão totalmente elétrica deste modelo, que irá juntar-se ao catálogo de comerciais elétricos em que já se contam os eVito e eSprinter. Terá uma autonomia prevista a rondar os 285 quilómetros na norma WLTP (ainda não existem dados de homologação finais).

A Mercedes-Benz aponta que este valor já vai ao encontro das necessidades dos clientes, na medida em que este tipo de furgão é utilizado sobretudo em ambiente urbano com muitas paragens e curtas distâncias. Nas estações de carga rápida, o tempo de carga esperado de dez a 80% ronda os 40 minutos. Porém, assegura a marca, não existem concessões no espaço de carga oferecido, nem nos equipamentos oferecidos.

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