Não foi amor à primeira vista. Foi-me seduzindo suavemente no tempo em que, estudante, a ia conhecendo nos interstícios do estudo. Com a vantagem da proximidade que sempre nos é dada pelo palmilhar de avenidas, ruas, azinhagas, becos, pois que, nesse tempo, automóvel era assunto que não se nos colocava. Lisboa é, para mim, uma cidade de todo diferente, inigualável mesmo. Na sua cor, que vista do céu é predominantemente rosácea, e observada do chão é de uma policromia aprofundada por uma luminosidade quente. Na sua alma, feita de fado e alguma simpática displicência. Na sua diferencialidade, construída entre colinas, […]
Crónica de Bagão Félix: Esta Lisboa que eu amo
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