Há pedaços de cheiros que se entranham e colam à pele desde a meninice. Levam-nos uma vida inteira nessa demanda, em assaltos que nos fazem sorrir como pequenos loucos, a tentar colocá-los em frascos pequeninos que queremos abrir de vez em quando. Muitas vezes, vêm com sabores, fazendo a língua dar estalinhos como se estivesse cheia de petazetas, aqueles caramelos minúsculos carbonados muito populares nos anos 80 e que agora fazem os chefes cozinheiros brilhar de cada vez que os encobrem por entre as sobremesas. São os cheiros levantados pelas chuvas de verão em terra acabada de arar. E uma […]
Crónica de Domingos de Andrade: filhos da terra
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