Foi em Monsul, Braga, que vivemos a infância como uma aventura. Nunca faltaram bichos para dissecar e de seguida enterrar, com todo o cerimonial. Cada tarefa responsável que os adultos nos dessem era imediatamente convertida num jogo. E se nos mandassem apanhar amoras, maracujás ou morangos, só metade da colheita chegava à mesa. Habituámo-nos a gostar da terra e a respeitá-la, como ao homem que tanto a amava e nos amava. Aprendemos a apanhar nozes no lusco-fusco do outono. E a descobrir os ouriços das castanhas com os pés. No fim, quem tivesse mais no balde ganhava. E nós, pequenos, […]
Crónica de Filomena Abreu: As árvores continuam generosas
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