Após uma rápida adaptação ao 250 GTE, com excelentes tempos em pista, Armando Spatafora recebeu o seu novo carro de trabalho, um Ferrari 250 GTE 2+2 Series II de 1962, com o número de chassi 3 999.
Construído pela Ferrari em 1962, pintado de preto e com os interiores numa resistente pele sintética castanho claro, passou pelas instalações da Pininfarina, onde é feita a elegante carroçaria. A Ferrari produziu apenas dois exemplares 250 GTE Polizia, mas um dos irmãos teve um final de vida precoce, depois de ter ficado destruído, poucas semanas depois, num acidente em serviço. Restou apenas o exemplar com o chassi 3 999 ao serviço durante os seis anos seguintes, chegando a atingir um estatuto lendário entre os agentes, a população e os criminosos. De tal modo que entre os larápios de Roma era uma questão de prestígio bater a dupla Armando Spatafora e o 250 GTE Polizia numa perseguição noturna.
No final de 1968, o 250 GTE Polizia foi retirado do ativo, tendo ainda sido usado durante algum tempo em emergências, para entrega de sangue em Nápoles. Há relatos de os condutores percorrerem os duzentos quilómetros que separam as duas cidades em cinquenta minutos. O carro foi vendido em 1972 a um comprador italiano, que em vez de o restaurar limitou-se a preservá-lo na sua forma original, o melhor possível, até 2015.
O atual dono participa regularmente em concursos de elegância, como o famoso Pebble Beach, em que o Ferrari 250 GTE Polizia costuma ser premiado. À venda na Girardo & Co. (vale a apena visitar o site), por um preço não divulgado, este exemplar único tem toda a documentação que atesta a autentacidade da sua história.
Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.