A Ferrari revelou os seus planos estratégicos para os próximos três anos, definindo como plano fundamental o cumprimento da neutralidade carbónica em 2030 e o lançamento de 15 novos automóveis entre 2023 e 2026, incluindo também o seu primeiro modelo 100% elétrico e o primeiro SUV, o Purosangue.

Na conferência reservada aos mercados e acionistas, os altos responsáveis da marca italiana declararam que a Ferrari está a preparar-se para um futuro diferente do atual, mais sustentável, mas capaz de manter os traços essenciais que sempre moldaram a companhia, nomeadamente, as prestações elevadas, a exclusividade e o dinamismo excitante.

Ao abrigo dessa estratégia, a Ferrari aponta o lançamento de 15 novos modelos entre 2023 e 2026, incluindo aqui o novo Purosangue, que será o primeiro SUV da marca, com recurso a motor V12, posicionando-se como uma das ofertas de topo. A par disso, está ainda prometido um novo hipercarro para suceder ao LaFerrari com tecnologias diretamente inspiradas na Fórmula 1 e no novo carro para o Mundial de Endurance (WEC), que será estreado no próximo ano.

Naturalmente, com a indústria a rumar para a eletrificação, esta tendência está também a ser acautelada pela Ferrari, que prevê o lançamento do seu primeiro modelo sem motor de combustão para 2025. A marca de Maranello promete, para esse modelo, uma identidade muito própria da Ferrari assente em quatro pilares: densidade energética, aerodinâmica, sistemas eletrónicos e sonoridade específica, naquele que promete ser um desafio para uma marca em que a experiência auditiva é parte do encanto. De resto, está assegurada a conceção desse modelo em Maranello, bem como a produção.

“A nossa marca alimenta os sonhos de milhões. Tem sido construída ao longo de mais de 75 anos em experiências emocionantes e memoráveis, através de sucessos em pista e no puro prazer de condução na estrada”, referiu John Elkann, Presidente da Ferrari. “Desde que preservemos a sua herança e os seus valores, irá lançar bases sólidas para os nossos planos estratégicos para o futuro”, complementou.

Aliando esses planos a outros conceitos como a utilização de materiais obtidos de processos mais sustentáveis, como o alumínio reciclado (com emissões reduzidas em 90%) ou os lubrificantes de nova geração, a Ferrari ambiciona reduzir a sua pegada ecológica e tornar-se neutra em emissões de carbono em 2030, num claro sinal de que nem as marcas desportivas de luxo estão imunes aos novos tempos.

“Com este compromisso e paixão firmes, as mulheres e homens da Ferrari estão determinados em executar imaculadamente este plano estratégico e aproveitar todas as oportunidades que temos pela frente, indo ao encontro da vontade do nosso fundador: manter viva a vontade de progredir como no passado”, refere o CEO da Ferrari, Benedetto Vigna, cuja experiência noutros campos industriais, como no da eletrónica e dos chips semicondutores poderá ajudar a marca a abraçar nesta nova era.

“Vamos continuar a tirar partido das nossas vantagens competitivas: a nossa especificidade e liderança tecnológica, enquanto tomamos medidas para atingir a neutralidade carbónica em 2030”.

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