Na apresentação dos resultados comerciais de 2016, que a marca considera ter sido o “melhor de sempre em solo nacional”, a palavra satisfação acabou por ser uma das mais utilizadas, refletindo o panorama atual de vendas do mercado automóvel e a prestação da Mercedes-Benz e da smart, cujos aumentos têm sido muito relevantes em Portugal. A este respeito, a marca Premium volta a registar mais um recorde de vendas no nosso país, com 2016 a ser o ano em que mais modelos da marca se venderam, algo que também é explicável pelo aumento da gama.
Quarta marca mais vendida, apenas atrás de Renault, Peugeot e Volkswagen e crucialmente à frente da rival BMW, a Mercedes-Benz teve 15.308 veículos automóveis matriculados em 2016, a que se juntam os 1.478 veículos comerciais ligeiros e os 477 camiões. A esses, para efeitos de grupo, relevam-se ainda as 3.034 matrículas de veículos smart, efetivando assim um ano de ganhos para o grupo a nível nacional.
Ganhos foram também apontados na área do Após-Venda, com um crescimento de 8,5%, ou seja, um total de 117.222 veículos assistidos pela marca, o que reflete um aumento de 6,4% na faturação.
Sempre sem revelar dados financeiros, os responsáveis da Daimler em Portugal enalteceram, contudo, os números positivos de vendas e de serviços no após-venda. Em termos de quota, com 7,4%, o mercado português é o que tem a segunda maior quota em termos estatísticos na Europa, ficando apenas atrás do mercado alemão.
Dos 15.308 exemplares vendidos (mais 13,3% do que em 2015), o detalhe explica que foram comercializados 121 modelos de gama AMG e 2% de Plug-in híbridos, sendo que 70% das vendas foram feitas em Lisboa e no Porto. Do lado da smart, os 3.034 veículos vendidos correspondem a um aumento de 16,8% face a 2015, com a marca a destacar a comercialização de 29 modelos Brabus em apenas quatro meses. Com a quota de 1,5%, o mercado luso ocupa também a segunda posição em termos europeus para a smart, apenas atrás do mercado italiano e à frente do alemão. Para 2017 quer apostar significativamente na sua gama de elétricos, com o primeiro resultado a chegar já com os fortwo Electric Drive em abril.Classe E a crescer, mas Classe A e CLA imperam
Ao crescimento significativo da Mercedes-Benz não é alheia a política de lançamentos da marca, que tem um representante em quase todos os segmentos (descontando os mais baixos ainda que a smart cubra essa faixa), com um ritmo de novidades muito elevado ao longo dos últimos 12 meses.
É o caso da nova geração do Classe E: lançada em Portugal em março de 2016 com o quatro portas (Limousine), traduziu-se já em vendas na ordem dos 871 unidades, com os responsáveis da marca a explicarem que as vendas da gama E apenas não são maiores porque a carrinha chegou numa fase muito tardia do ano (em apenas dois meses e meio, registaram-se 192 Classe E Station).
Contudo, acabam por ser os produtos de segmento médio-superior aqueles que mais contribuíram para o aumento da marca germânica. Entre o Classe A, B, CLA e GLA, a marca vendeu um total de 9.155 unidades, valendo esta a larga maioria do ‘bolo’ de vendas de 2016 em Portugal. Segue-se, depois, a gama composta por Classe C, SLC e GLC, com um total de 3.875 unidades vendidas.
Para conseguir manter e voltar a aumentar em Portugal este ano – sem qualquer valor apontado aos jornalistas pelo presidente da Mercedes-Benz Portugal, Niels Kowollik -, a marca vai continuar a toada de crescimento de gama, apostando em novidades que prevêem os facelifts do GLA (chegada em março) e do Classe S (em junho, com destaque para o novo motor de seis cilindros em linha de 340 CV), mas também de novidades como o Classe E Cabriolet (em setembro) ou da arriscada aposta na pick-up Classe X.
Este novo modelo será comercializado numa parceria entre as divisões de automóveis e comerciais (Vans) e será construído com base numa plataforma cedida pela Nissan (utilizada para o NP300 Navara). Chegará em novembro e na Mercedes-Benz será vendida com chassis de cabine dupla, sendo que no lançamento terá um motor de quatro cilindros em linha Diesel com 190 CV e 220 CV. Em 2018, chegará uma outra versão de seis cilindros.
Outras apostas da marca passam pelo crescimento da notoriedade e no lançamento de novos conceitos de mobilidade. A este respeito e com uma marca de car-sharing já muito forte na Alemanha e noutros mercados, a Car2Go, a sua chegada a Portugal não está ainda decidida, com Nuno Mendonça, diretor-geral de marketing e de vendas de veículos automóveis da Mercedes-Benz Portugal, a revelar que é uma “aposta que precisa de um investimento de monta e de uma articulação muito bem feita com os transportes públicos, precisando também de algum impulso político”.
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