A MINI desenvolveu um novo carro 100% elétrico para o papel de safety car da Fórmula E, competição de monolugares igualmente elétricos que percorre algumas das principais cidades mundiais. Bruno Correia será, tal como tem sido até aqui, o piloto do safety car, esperando-se que coloque à prova os limites do MINI Electric Pacesetter inspired by JCW.

A designação do novo modelo é longa mas faz referência à sua inspiração nos modelos de filosofia mais desportiva John Cooper Works (JCW), misturando assim o futuro eletrificado da marca com o historial mais rico de competição e divertimento de condução da JCW.

O exterior do MINI Electric Pacesetter inspired by JCW foi concebido especificamente para a sua função, ou seja, a de ser safety car para a competição de monolugares elétricos, da qual António Félix da Costa é o atual campeão. O desenho do MINI foi efetuado em cooperação com os elementos da BMW Motorsport, aproveitando as sinergias do Grupo BMW, desenvolvendo o formato das proteções das rodas e dos para-choques das duas extremidades.

Na dianteira, os faróis redondos tão característicos surgem neste modelo elétrico, bem como a grelha hexagonal que lhe permite ser facilmente identificado, embora a mesma tenha apenas metade da sua abertura funcional, uma vez que as necessidades de refrigeração são bem menores do que num carro de motor de combustão. Assim, a dianteira tem como função primordial ajudar a aerodinâmica geral. As luzes de alerta utilizados pelo safety car são integradas de forma suave no capot.

As jantes de 18 polegadas praticamente preenchem as cavas das rodas, enquanto elementos aerodinâmicos como os ‘splitters’, as saias laterais e a asa traseira trabalham no fluxo de ar para incrementar a aderência ao asfalto.

No interior, apenas o essencial. Os bancos dianteiros foram mantidos, mas com o lugar do condutor a dispor de uma bacquet de competição com cintos de seis pontos aprovados para competição e uso em estrada, volante de desenho minimalista e um painel de instrumentos digital. O ecrã central desaparece para dar lugar a uma capa de fibra de carbono em baixo peso para reduzir ainda mais o peso. Os painéis das portas têm a fibra de carbono exposta, com puxadores para as portas e janelas em tecido. Para melhorar a rigidez estrutural e melhorar a segurança, a jaula de segurança está soldada à carroçaria.
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Tal como alguns componentes exteriores, também o interior conta com algumas peças impressas em processo aditivo (impressão 3D).

No total, o peso deste modelo é de apenas 1230 kg, ou seja, cerca de 130 kg mais leve do que o MINI Electric de base, do qual utiliza, sem alterações o sistema motriz: debita 135 kW e 280 Nm, o que lhe permite acelerar dos zero aos 100 km/h em 6,7 segundos (contra 7,3 segundos do modelo de base). Ainda na vertente técnica, a suspensão é composta por componentes derivados da competição, com sistema coilover ajustável em três vias para compressão, distensão, altura e camber, dispondo ainda de 10 mm de aumento na largura de vias.

A estreia deste modelo será feita no E-Prix de Roma, em Itália, a 10 de abril, no segundo evento (terceira corrida) do campeonato, com Bruno Correia ao volante.

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