Existe uma distância cósmica entre o Eclipse Cross, lançado em 2017, a propósito do centenário da Mitsubishi Motors Corporation, e a sua versão PHEV, que agora chega ao mercado nacional. Não que o SUV tenha mudado assim tanto, mas o mundo, esse, já não é o mesmo. A começar, desde logo, pela própria marca que integra agora uma aliança onde figuram a Renault e a Nissan, depois de a sua continuidade na Europa ter sido colocada em causa.
O Mitsubishi Eclipse Cross PHEV está disponível por um preço que começa nos 46.728 euros e terá a responsabilidade de trazer dias de sol à Mitsubishi no Velho Continente. Uma missão que passará por piscar (e muito) o olho às empresas, uma vez que este SUV é elegível para os incentivos governamentais em vigor para os veículos plug-in: anuncia emissões de 46 g/km e uma autonomia EV de 55 km em WLTP (ciclo urbano).
A marca conta ainda uma campanha para empresas que coloca o Eclipse Cross PHEV nos 32.990 euros + IVA e, como tal, no escalão de 10,0% de tributação autónoma.
Posicionado entre o ASX e o Outlander, o Eclipse Cross PHEV tem um design em forma de coupé. E foi alvo de melhorias que tiveram por base o feedback dos clientes. Desde logo, paga classe 1 nas portagens, o que não será nunca um pormenor. Os pontos criticados e melhorados? As linhas da secção traseira, o volume da bagageira e a economia de combustível. A tudo isto a marca correspondeu. A começar pela sua natureza híbrida plug-in. Aliás, não haverá outra opção nesta atualização.
Potência combinadaA propulsão é assegurada por dois motores elétricos (um dianteiro com 82 cv/137 Nm e outro traseiro com 95 cv/195 Nm), apoiados por um propulsor a gasolina de 2,4 litros, sempre atento para intervir quando necessário.
Com uma potência combinada de 188 cv, o Eclipse Cross PHEV é um modelo de condução ágil (apesar das quase duas toneladas de peso) e que denota uma grande estabilidade e segurança devido à tração 4WD permanente. O SUV consegue percorrer, em modo 100% (disponível até aos 135 km/h), 45 km no ciclo WLTP e 55 km em ciclo urbano. Os consumos e emissões anunciados apontam para os 2,0 l/100 km e 46 g/km, respetivamente.
São três os modos do sistema: EV, até aos 135 km/h e graças à bateria de 13,8 kWh; Híbrido em Série, que funciona também até aos 135 km/h, mas com ação do motor de combustão, que, através de gerador, carrega a bateria; e, por fim, Híbrido Paralelo, que entra ao serviço, automaticamente, a uma velocidade superior a 135 km/h.
Para recarregar a bateria totalmente, numa tomada de 8A, são necessárias sete horas; seis numa de 10A, e quatro se tivermos a possibilidade de ligar o Eclipse Cross PHEV a uma de 16A. O carregamento rápido (graças ao protocolo CHEdeMO) permite obter 80% da carga em 25 minutos.
Para o mercado nacional segue apenas uma versão: a eMOTION. Nada de essencial falta em matéria de equipamento neste SUV que procura agradar a um público generalizado, mas, acima de tudo, aos responsáveis frotistas. Conta com faróis em LED com máximos automáticos, head-up-display por lâmina, reconhecimento de sinais, travão elétrico com auto-hold, cruise control, câmara traseira e sensores de estacionamento e luz, bancos em pele e alcantara, ar condicionado automático bizona, controlo remoto para smartphone e jantes em liga de 18 polegadas.
