A marca britânica assegura que o Super 3 coloca em primeiro lugar o carácter de condução, procurando apelar ao prazer de condução, diferenciando-se de tudo o resto na estrada. Este é o primeiro Morgan a ser desenhado totalmente de raiz desde o lançamento do Aero 8 em 2000, sendo também a maior novidade em termos de imagem desde o Plus 4 Plus de 1962.
Com o Super 3, a Morgan apresentou uma nova filosofia de design. Em comparação com o anterior 3 Wheeler, que foi criado no estilo dos carros da década de 1920, os engenheiros e designers procuraram influenciar-se na engenharia da segunda metade do século passado, ou seja, na era dos jatos. Os requisitos mecânicos e aerodinâmicos influenciaram decisivamente a forma e as proporções do Super 3, com estruturas em alumínio para a dianteira, suporte do motor e conjuntos de suspensão. Duas placas difusoras retangulares, referidas como ‘lâminas laterais’ servem o propósito de refrigeração, sendo também uma plataforma para suportes de bagagem e decorações.
Pela primeira vez na história da Morgan, o Super 3 tem uma monocoque completa em alumínio compósito, com um chassis mais rígido e ligeiro, sendo também mais benéfico em termos de compactação.
O motor está posicionado sob o ‘cone’ do nariz, posicionado deliberadamente para uma distribuição de peso ótima e contenção das proporções. Está situado atrás da linha central do eixo dianteiro, sendo também um princípio importante do Super 3. Todos os elementos da suspensão do Super 3, com configuração ‘pull-rod’, e a estrutura dos faróis foi moldada para potenciar o fluxo de ar para os radiadores que se situam logo atrás. A suspensão ‘pull-rod’ oferece uma vantagem aerodinâmica e melhora a dinâmica ao limitar as massas suspensas. O peso total fica-se nos 635 kg.
A dianteira apresenta dois faróis circulares e uma grelha em formato de ‘ferradura’, numa identidade familiar da Morgan. A traseira caracteriza-se pela simplicidade, com formato em gota para fomentar a eficiência aerodinâmica, com uma costela central a marcar uma linha de cintura.Para os pneus, a Morgan trabalhou em parceria com a Avon para desenvolver os seus compostos de 20 polegadas para o Super 3, com o pneu traseiro a ter um papel fundamental no comportamento e conforto.
O interior foi pensado para oferecer proteção à água e poeira (com nível proteção IP64), até mesmo na tomada USB. O painel de instrumentos minimalista apresenta os manómetros ao centro, como é tradicional, mas é totalmente digital, o que é uma estreia absoluta. As áreas de contacto do interior são em metal autêntico, sendo frias, enquanto o botão de ignição inspira-se no de ‘lançamento de mísseis’ dos aviões militares, derivando do modelo anterior.
Os bancos podem ser revestidos numa grande variedade de materiais, como vinil, couro à prova de água e tecido técnico que combina resistência à água, aos raios UV e facilidade de manutenção.
A Morgan recorreu a uma motorização 1.5 atmosférica de três cilindros em linha a gasolina, proveniente da Ford, tendo sido afinado para as características do Super 3. Sendo bastante compacto, debita 118 CV de potência e 150 Nm de binário, permitindo que o novo Morgan acelere dos zero aos 100 km/h em 7,0 segundos, atingindo uma velocidade máxima de 209 km/h. As emissões de CO2 cifram-se nos 130 g/km.
Está acoplado a uma caixa de velocidades de cinco velocidades fornecida pela Mazda, como encontrada no MX-5, algo que já era usado no anterior 3 Wheeler, com pedal do acelerador ajustado para oferecer precisão e sensação de condução desportiva.
Foi dada grande atenção ao espaço entre pedais, permitindo passagens de caixa mais fáceis de ‘ponta-tacão’.
Tal como todos os outros Morgan, o Super 3 vai ser produzido em Malvern, Worcestershire.
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