Nissan Juke Hybrid: O pioneiro de uma nova realidade eletrificada

21/07/2022

Primeira versão híbrida do crossover japonês chega ao mercado nacional com preços desde os 32 700 euros.

Lançado em 2010 (e com uma segunda geração apresentada em 2019), o Nissan Juke Hybrid não teve pressa e fez o seu próprio caminho rumo à eletrificação: o modelo que agora chega ao mercado nacional é a primeira expressão híbrida do crossover nipónico. Marca o início de uma nova (e irreversível) era da marca, verdade, mas seguindo uma lógica que continua a ser muito própria.

O Juke Hybrid recorre ao mesmo sistema híbrido E-Tech da Renault e debita 143 cv a partir de um motor atmosférico de 1,6 litros, aliado a um motor elétrico que funciona como gerador de alta voltagem. Mas já lá iremos.

Comecemos pela estética. A natureza mais sustentável do Juke Hybrid está espelhada em vários elementos específicos que o distinguem das gamas apenas “animadas” a combustão: nova grelha com barra negra na parte superior – este será, aliás, o traço constante nas versões eletrificadas da Nissan. O novo logótipo da Nissan está bem centrado e, claro, a designação Hybrid surge nas laterais e no portão traseiro para lembrar a sua natureza.

Uma palavra também para as novas jantes com pequenas abas em plástico (de 17 ou 19 polegadas), que confere uma faceta mais aerodinâmica ao Nissan Juke Hybrid.

No habitáculo, nada de essencial falta, embora possamos dizer que não se encontram grandes rasgos de modernidade interior. São três os níveis equipamento disponíveis e os preços que começam nos 32 700 euros da versão N-Connecta, que já inclui as jantes em liga leve de 17” bi-tom, sistema multimédia em ecrã tátil de 8” com Apple CarPlay e AndroidAuto, climatização automática, câmara traseira e sensores dianteiros e traseiros de ajuda ao estacionamento. A versão N-Design, por 33.800 euros, junta-lhe a pintura exterior a dois tons, as jantes de formato Aero de 19” e personalização exterior para os para-choques e zonas laterais da carroçaria. A variante é Teckna, que, por 35.100 euros, acrescenta o sistema de som Bose com 10 colunas, navegação, câmara 360º, sistema Propilot com tecnologias de ajuda à condução e jantes de 19”. Durante o arranque comercial do Nissan Juke Hybrid estarão ainda disponíveis para Portugal 135 unidades da versão Premiere Edition (34.000 euros) com elementos próprios de identidade visual, caso de padrão específico no tejadilho e capas dos retrovisores, carroçaria bi-tom, jantes de design próprio de 19”, interior com costuras em branco e soleiras das portas iluminadas.

 

Ainda no interior, se o espaço a bordo continua irrepreensível, já a bagageira perde 68 litros (total de 354 litros) face à capacidade da versão “tradicional”, devido à bateria que se encontra situada debaixo do piso da carga. Uma pequena limitação, diga-se, para um bem maior.

Híbrido sem complexos

O motor é de origem Renault, um 1.6 atmosférico de 94 cv, associado a uma unidade elétrica de 49 cv (36 kW), que se alimenta de uma bateria de 12 kW. Um bloco já conhecido do Captur E-Tech, mas com uma “mão” própria dos engenheiros da Nissan. No conjunto, debita 143 cv, mais 25% de potência e menos 20% de consumos do que o Juke a combustão. E estas são boas notícias, até porque nos quilómetros proporcionados aos jornalistas, durante a apresentação internacional, realizada em Barcelona, o Juke Hybrid mostrou-se um modelo sem complexos no ziguezague imposto pelo trânsito da ruelas catalãs.

O Hybrid arranca em modo elétrico até aos 10 km/h e pode manter-se neste registo caso pisemos o acelerador de uma forma constante (e nunca brusca) até aos 55 km/h. De resto, numa utilização mista, a velocidade máxima é de 166 km/h, a aceleração 0-100 km/h cumpre-se em 10 segundos, e os consumos andam pelos 5,2 l/100 km. Valores que podem subir um pouco, admitamos, se a utilização do sistema híbrido for ficar em segundo plano.