Mais do que apenas uma conversão direta do Classe S, que também surpreendeu na mais recente geração lançada no ano passado, o novo EQS representa um passo inteiramente novo por parte da marca alemã, que trabalhou afincadamente numa berlina de formato extremamente aerodinâmico, em que o foco é dado ao espaço interior, não faltando muita tecnologia para encher o olho, como é o caso do sistema Hyperscreen com ecrã tátil central de 17.7 polegadas.
Dotada de capacidade de aprendizagem graças à inclusão da mais recente tecnologia de Inteligência Artifical, este é, efetivamente, um dos argumentos chave do EQS, tendo por base um ecrã curvo de grandes dimensões que se estende quase inteiramente ao longo de todo o tablier, com vários ecrãs integrados de forma harmoniosa.
Graças à denominada ‘camada zero’, o utilizador não precisa de fazer ‘scroll’ no ecrã ou dar comandos vocais. As aplicações mais importantes são sempre oferecidas numa situação contextual no topo do campo de visão do condutor. Ou seja, a Mercedes-Benz quer que as aplicações mais importantes não obriguem a uma procura no menu, sendo assim necessário percorrer ‘zero menus’.
Na evolução do sistema, mais de 20 funções – desde o programa de massagem ativa aos lembretes de aniversário, passando pela lista de afazeres – são automaticamente oferecidas através da Inteligência Artificial quando forem relevantes para o cliente. Os engenheiros da marca deram-lhes um nome – ‘Módulos Mágicos’, que são mostrados na camada zero do sistema (ou seja, logo à partida). O sistema Hypercreen é opcional da versão 450+ e de série no modelo 580 4MATIC.
Trabalho aerodinâmicoA Mercedes-Benz não poupou esforços na eficiência aerodinâmica, colando ao EQS o rótulo de modelo de produção em série mais eficiente do mundo, com um coeficiente de 0.20 Cd, graças a uma superfície frontal muito ‘limpa’ e com grelha tapada por um painel preto de grandes dimensões (que pode ter estrelas iluminadas), que funciona melhor ao ‘vivo’ do que nas fotografias. Também as jantes contribuem para essa ambição, tendo medidas de 19 a 22 polegadas.
O eixo traseiro direcional é de série, ajudando assim nas manobras e em tarefas dinâmicas, com um ângulo de viragem de 4,5º. Porém, entre os opcionais estará sistema com ângulo mais amplo, de 10º, que permitirá uma abordagem ainda mais eclética em terrenos urbanos ou garagens, por exemplo.
Duas versões
Para o lançamento, previsto para o mês de outubro, a Mercedes-Benz irá ter duas versões. De base, a variante 450+ terá apenas um motor elétrico na traseira e uma autonomia estimada em ciclo WLTP de até 785 quilómetros, naquele que é um valor bastante apelativo para um veículo elétrico. A potência é de 333 CV.
O carregamento pode ser feito em tomadas AC entre 11 e 22 kW, podendo também ser carregado em tomadas DC até 200 kW. A marca propõe o sistema Mercedes me.charge para facilitar os processos de carregamento no quotidiano, permitindo acesso a uma rede nacional e europeia cada vez mais alargada com uma fatura de carregamento única.
No acesso à rede de carregamento rápido IONITY (da qual já existem quatro postos em Portugal), a Mercedes-Benz assegura um ano de carregamentos ilimitados, nos quais será possível repor até 300 quilómetros de carga em apenas 15 minutos. A marca compromete-se ainda a fornecer todos os processos de carga a partir de energia ‘verde’.
Com chegada prevista para o mês de outubro, ambos os modelos contam ainda com valores estimados para o mercado nacional. O modelo de entrada tem um custo esperado de cerca de 120.000€, enquanto o 580 4MATIC tem um custo estimado de 146.000€.
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