A Opel não esconde a importância do Corsa para as vendas na Europa. O utilitário alemão continua a ser um dos modelos mais vendidos no Velho Continente e, para a marca, conta até com o estatuto de ‘best-seller’ no ano de 2019. Até setembro, vendeu 189.480 unidades, sendo o mais vendido de toda a gama. Em Portugal, dessas seis gerações ficam cerca de 600 mil unidades vendidas, das quais subsistem ainda cerca de 300 mil em andamento nas estradas. José Barata, gestor de marca em Portugal, entende, pois, que existe aqui “um grande potencial de renovação”.
No lançamento do novo modelo em Portugal, frisa, também, que o Corsa continua a ser, apesar dos muitos elementos partilhados com os seus irmãos da PSA (o Peugeot 208 e o DS3 Crossback), visualmente detentor de uma filosofia alemã de rigor e de qualidade. Assente na plataforma CMP multienergia (capaz de produzir numa mesma linha de montagem veículos a gasolina, Diesel ou elétricos), o novo Corsa beneficia de um estilo mais agressivo, resultando bastante bem para o seu segmento.
Sobretudo, atendendo ao facto de que teve de ser retrabalhado (exclusivamente na Alemanha) após a compra da Opel pela PSA quase em tempo recorde. Num trabalho bem executado, os engenheiros da Opel podem ainda vangloriar-se de contar com o melhor coeficiente aerodinâmico entre os seus pares: 0,29 Cx, o que é igual ao mítico coupé de duas portas Calibra. A cortina dianteira ativa (grelha ativa que abre ou fecha consoante as necessidades de refrigeração) e a carenagem inferior também desempenham aqui um papel importante.
Além disso, beneficia ainda de maior ligeireza. Sendo este um critério cada vez mais importante para baixar as emissões e os consumos, o Corsa acusa um peso que pode começar nos 980 kg, resultando impressionantes 108 kg mais leve em versões idênticas. O mais pesado da gama é o 1.5 Turbodiesel, ainda assim com muito respeitáveis 1094 kg.
Corsa-e: A versão elétrica a bateria, com chegada prevista para a primavera de 2020, terá 136 CV de potência, bateria de 50 kWh e possibilidade de carregamento rápido a 100 kW para uma autonomia de 330 quilómetros (WLTP). Os preços arrancam nos 29.990 euros.
Um trabalho feito em grande parte na redução do peso estrutural (menos 40 kg), mas ao mesmo tempo melhorando a rigidez torsional, o que privilegia a segurança a curvar. Aliás, o acerto do veículo é totalmente da responsabilidade da Opel, tendo favorecido o lado dinâmico e da agilidade. Afinação específica da direção (mais progressiva) e da suspensão melhoram a estabilidade. As dimensões do novo Corsa também permitem outra visão: está mais baixo em 48 mm (1433 mm), tirando partido de posição de condução 28 mm mais baixa para uma postura mais dinâmica ao volante.
Mede 4060 mm de comprimento, 1960 mm de largura (com espelhos) e os já referidos 1433 mm de altura, sendo o comprimento entre eixos de 2538 mm. A capacidade da bagageira aumentou em 24 litros para os 309 litros, podendo chegar aos 1081 litros com os encostos dos bancos traseiros rebatidos.
Ao nível de ergonomia, a Opel procurou simplificar ao máximo. No passado fica a complexidade de botões e comandos, abraçando agora uma noção mais limpa e menos confusa em todos os sentidos. Face ao 208, por exemplo, a tradição alemã confere uma posição de condução com visibiliade mais regular ao painel de instrumentos, voltando a confiar nos manómetros analógicos com assistência de um ecrã no meio para o computador de bordo. Em opção painel digital de grandes dimensões que transmite as principais informações ao condutor. Na consola central, o ecrã tátil com dimensões entre as 7.0 e as 10 polegadas permite acesso a mais evoluído sistema de conectividade com navegação e funcionalidades online, a par de conexão com os sistemas operativos Android Auto e Apple CarPlay. No topo, o sistema Multimedia Navi Pro associado a ecrã de 10″.
Na era em que a eficiência dita leis e em que as metas europeias para cumprir as emissões poluentes vão começar a ‘doer’ com multas para as marcas que não cumprirem, a Opel – bem como o Grupo PSA – aposta em motorizações de nova geração, no caso do Corsa com potências entre os 75 e os 130 CV. A este respeito, a marca alemã aponta que todos os propulsores do novo Corsa registam emissões de CO2 inferiores às versões mais eficientes do anterior Corsa.
De entrada, versão 1.2 atmosférica a gasolina (que poderá interessar sobretudo a frotas numa potencial nova fase de mercado), com 75 CV e 113 Nm às 2750 rpm, em associação a caixa manual de cinco velocidades. Usando apenas o método WLTP de medição de consumos e emissões, tem valor de consumo misto entre os 5,3 e os 5,9 l/100 km, correspondendo a emissões entre 120 e os 133 g/km de CO2. Recorde-se que os intervalos compreendem todas as variáveis de equipamento ou jantes que podem ser equipados.
Num patamar superior está a galardoada família 1.2 Turbo a gasolina (Engine Of The Year entre 2015-2018), com três cilindros, bloco e cabeça em alumínio e injeção direta. Este motor surge em duas versões à escolha, com potências de 100 CV (205 Nm às 1750 rpm) ou 130 CV (230 Nm às 1750 rpm). Os consumos da versão de menor potência em ciclo misto WLTP são de 5,4-6,2 l/100 km e as emissões de 122-140 g/km de CO2.
O 1.2 Turbo de 100 CV surge com caixa manual de seis velocidades ou, em estreia, uma automática de oito, com gestão eletrónica e programas adaptativos de mudanças, bem como tecnologia Quickshift. A caixa pode ser comandada manualmente através de patilhas colocadas no volante.
O motor de 130 CV apenas pode ser pedido com o nível de equipamento GS Line, salientando-se assim o seu lado dinâmico (22.710€).
Neste nova geração, a Opel não desiste dos Diesel e propõe variante 1.5 Turbo D com 100 CV de potência e 250 Nm de binário, que é proposto pela marca como uma variante de equilíbrio entre prestações e eficiência de utilização. Com consumo WLTP intervalado entre os 4,0-4,5 l/100 km e emissões entre os 105-117 g/km de CO2, esta mecânica de última geração beneficia de sistema de tratamento de gases de escape otimizado com catalisador passivo de oxidação com absorção de NOx, catalisador de redução seletiva (SCR) com injeção de AdBlue e filtro de partículas.
Estes componentes estão agrupados numa unidade compacta, situada muito próximo do motor. O absorvente de NOx atua como catalisador no arranque a frio, reduzindo emissões de NOx até o catalisador SCR atingir a temperatura de funcionamento. A capacidade do depósito de AdBlue do Corsa é de 15 litros.
A gama Corsa chega ao mercado com três linhas de equipamento: Edition, Elegance e GS Line. A primeira conta com itens de série como o banco do condutor regulável em seis vias, vidros elétricos, ar condicionado, comandos no volante, cruise control, espelhos retrovisores exteriores elétricos com aquecimento, assistência ao arranque em subidas e sistema Start/Stop, entre outros. No capítulo dos sistemas de assistência à condução destaca-se a inclusão de série do alerta de colisão dianteira iminente com travagem automática de emergência e deteção de peões, bem como do sistema de reconhecimento de sinais de trânsito.
O nível Elegance tem perfil mais orientado para o conforto, acrescentando elementos como a iluminação do habitáculo em LED, vidros traseiros de comando elétrico, rádio IntelliLink com ‘Mirrorlink’, seis altifalantes e ecrã tátil de sete polegadas, sensor de chuva e faróis de LED com comutação automática máximos-médios.
Já o mais desportivo GS Line assume carácter dinâmico com para-choques de desenho exclusivo, dupla saída de escape e faróis de nevoeiro de LED, bem como afinações específicas de chassis (direção com afinação específica e suspensão dianteira mais firme). Do equipamento de série desta versão fazem parte bancos desportivos, forro de tejadilho em preto, pedais a imitar alumínio e volante de base plana.
Entre os opcionais, diversos sistemas são propostos a valor mais acessível, como o ‘Pack Visibilidade’ (150 euros), que reúne sensor de chuva, comutação automática de faróis e espelho retrovisor interior electrocromático, ou o ‘Pack Style’ (400 euros) que contempla tejadilho pintado de preto ou branco, cor especial de carroçaria e vidros traseiros escurecidos. Noutro capítulo, há faróis de Matriz LED em estreia no modelo (que permitem visibilidade melhorada e adaptação às condições do tráfego), a par de tecnologias como o carregamento por indução de telemóveis ou a fechadura central de portas “Open & Start”, que dispensa a chave na mão para abrir o automóvel e ligar o motor.
Os preços do novo Opel Corsa iniciam-se em 15.510 euros no nível de equipamento
Edition (motor 1.2 de 75 CV), passam pelos 17.610 euros do Elegance (1.2 de 75
CV) e terminam no GS Line surge a partir de 19.360 euros (1.2 Turbo de 100 CV).
Corsa 1.2 Edition 75 CV 15.510 €
Corsa 1.2 Elegance 75 CV 17.610 €
Corsa 1.2 Turbo Edition 100 CV 16.760 €
Corsa 1.2 Turbo Edition AT8 100 CV 18.310 €
Corsa 1.2 Turbo Elegance 100 CV 18.860 €
Corsa 1.2 Turbo Elegance AT8 100 CV 20.410 €
Corsa 1.2 Turbo GS Line 100 CV 19.360 €
Corsa 1.2 Turbo GS Line AT8 100 CV 20.910 €
Corsa 1.2 Turbo GS Line AT8 130 CV 22.710 €
Corsa 1.5 Turbo D Edition 100 CV 20.310 €
Corsa 1.5 Turbo D Elegance 100 CV 22.410 €
Corsa 1.5 Turbo D GS Line 100 CV 22.910 €
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