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‘Pai’ do McLaren F1 desmantelou o seu Alpine A110 em busca de ‘segredos’

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Gordon Murray não é apenas mais um apaixonado pelos automóveis. Antigo engenheiro do departamento aerodinâmico de equipas de Fórmula 1 como a Brabham ou McLaren, este britânico foi também o responsável pela criação do icónico McLaren F1 e está agora empenhado na criação de um sucessor espiritual para esse modelo ao abrigo da sua própria marca. Murray tem também uma paixão pela forma como os próprios automóveis funcionam, razão pela qual desmantelou o seu Alpine A110.

O novo desportivo da marca ressuscitada pela Renault em 2017 é um dos mais emotivos automóveis do seu segmento, desafiando modelos como o Porsche 719 Cayman, sendo elogiado pelo seu comportamento divertido aliando construção ligeira e motor 1.8 turbo. Por esse mesmo motivo, Gordon Murray quis saber como é que a Alpine construiu um desportivo tão convincente, desmantelando uma unidade que era sua.

Em declarações prestadas ao site Car Throttle, o engenheiro explica que a sua abordagem para o desenvolvimento do seu novo T.50 alterou-se quando recebeu uma unidade do A110 e o conduziu pela primeira vez. Assim, em vez de se focar numa comparação com o ‘seu’ McLaren F1 – no qual registou cerca de 50 mil quilómetros -, Murray quis procurar saber quais os segredos do Alpine.

“Há um ano comprei um Alpine A110 e tem o melhor compromisso entre conforto e dinamismo de todos os carros que conduzi desde o Lotus Evora, que estava no topo da minha lista antes deste”, referiu Murray em entrevista ao Car Throttle.

E que segredos descobriu o engenheiro ao desmantelar o seu carro? Aparentemente, nenhum: “Quando analisas o carro – e nós fizemo-lo, desmontámos o meu carro durante dois meses, comparámo-lo – [o A110] não tem nenhum truque. Simplesmente faz todos os básicos bastante bem”.

Esta não é a primeira vez que um carro de menor potência é comparado com um bem mais ‘forte’. O próprio Gordon Murray usou estratégia semelhante quando desenvolveu o F1 no início da década de 1990, utilizando um Honda NSX como padrão de comportamento, demonstrando-se bastante impressionado pela forma como o desportivo nipónico ofereceria conforto e dinamismo de altíssimo nível.