Durante as mais de duas décadas em que foi fabricado, ostentou o título do veículo de produção mais rápido que os alemães podiam adquirir. De resto, o 930 surgiu para permitir que a Porsche tivesse a necessária homologação para disputar a temporada de 1976 da FIA, tendo inicialmente sido feitos 400 exemplares, precisamente para cumprir com o requisito federativo.
Ernst Fuhrmann adaptou a tecnologia turbo original do 917/30 CAN-AM para o seis cilindros em linha de três litros do Carrera RS 3.0, criando o 930. O automóvel exibia 260 cv às 5.500 rpm e 329 Nm às 4.000 rpm, havendo versões com quatro e cinco velocidades (em 1978, o 930 passou a ter um 3.3 litros com 300 cv graças a um intercooler).
A suspensão foi revista, os travões melhorados e uma generosa cauda de baleia colocada como spoiler traseiro para ajudar o automóvel a ter uma melhor “downforce” e maior estabilidade.
E se a Porsche sempre foi uma marca de sonho, este 930 cedo entrou no imaginário, com os preparadores a agarrar no “molde 930” e introduzir-lhe na dianteira um nariz mais aerodinâmico ficando conhecido como “slantnose”.
O modelo deliciava os seus ocupantes com os seus 335 cv que o levavam a cumprir o desafio dos 0-100 km/h em 5,2 segundos. O 930 “Flachbau” chegou a ter uma versão Cabriolet, da qual foram produzidas 591 unidades. Fruto do êxito desta derivação, o construtor criou formalmente a sua divisão específica de personalização (“Sonderwunsch-program” em alemão, algo como programa de encomendas especiais), em 1986.
Este e outros modelos icónicos da Porsche podem agora ser vistos na exposição temporária “Porsche: 70 anos de evolução”, patente no Museu do Caramulo.
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