A Volkswagen anunciou que a sua divisão americana vai alterar o seu nome para Voltswagen, indicando assim o seu compromisso total para com a era da eletrificação. Mais do que um novo nome, esta designação aponta para o novo posicionamento da marca na sua procura por uma outra abordagem à mobilidade elétrica.
Num caso raro, um fabricante automóvel altera o seu nome para se adequar a uma nova era. O anúncio foi feito hoje, com a Volkswagen of America a revelar que irá adotar o nome Voltswagen of America, numa declaração de intenções quanto à sua vontade de se assumir como líder na mobilidade elétrica, o que não deixa de ser um desafio num país em que a eletrificação ainda não está totalmente implementada.
“Podemos estar a mudar o nosso K pelo T, mas aquilo que não estamos a mudar é o compromisso da marca com a produção dos melhores veículos para condutores e pessoas em todo o lado. A ideia do ‘carro do povo’ é a própria malha do nosso ser”, refere Scott Keogh, Presidente e CEO da Voltswagen of America. “Temos dito, desde o início da nossa transição para um futuro elétrico, que vamos construir elétricos para milhões, não apenas para milionários. Esta mudança de nome representa um aceno ao nosso passado enquanto carro do povo e a nossa ideia firme de que o nosso futuro está em ser o carro elétrico do povo”, complementou.
Esta mudança de denominação chega ao mesmo tempo que o novo ID.4 é lançado no mercado americano, sendo o primeiro modelo 100% elétrico da companhia germânica a chegar aos concessionários do país nesta nova fase.
A mudança de nome também trará uma abordagem distinta na sua aplicação aos automóveis da companhia alemã: os elétricos terão a designação ‘Voltswagen’, enquanto os mais convencionais com motor de combustão irão ter apenas o símbolo gráfico ‘VW’.
A divisão americana da Volkswagen foi criada em 1955, diferenciando-se desde então dos demais construtores, sobretudo com o sucesso do Carocha (Type 1 Beetle) e, mais tarde, dos Jetta, Passat e, em menor medida, do Golf. O Carocha Type 1 conseguiu, aliás, suplantar o Ford Model T como o veículo mais vendido do mundo, com mais de 23 milhões de unidades vendidas.