Carros do Grupo VW que faltem à ‘chamada’ para atualizar NOx em ‘lista negra’

05/01/2018

Os carros do Grupo Volkswagen que não tenham ainda efetuado a intervenção técnica para regularização das emissões de NOx (óxido de azoto) arriscam-se a ir parar a uma ‘lista negra’ que será transmitida ao Instituto de Mobilidade e dos Transportes (IMT) e que, no limite, poderá causar a sua reprovação nos centros de inspeção.

Com as intervenções das marcas Volkswagen, SEAT, Audi e Skoda a decorrerem a bom ritmo – a marca estima que no final do primeiro trimestre de 2018, haverá uma taxa de sucesso em redor dos 90% – os proprietários que tenham sido contactados e que tenham recusado a intervenção para a regularização das questões técnicas referentes aos motores EA 189, poderão ver os seus carros inscritos numa ‘lista negra’ que será também do conhecimento do IMT e que poderá causar o seu chumbo nas inspeções periódicas obrigatórias se não tiverem a devida intervenção por parte dos técnicos das diferentes marcas.

Esta foi uma confirmação dada por Pedro de Almeida, administrador da SIVA, que apontou ainda o facto de dificilmente se chegar a uma taxa de 100% dos veículos afetados intervencionados, na medida em que muitos deles foram exportados e, nalguns casos, não existiu ainda uma resposta por parte do proprietário.

Ainda sobre este tema, Pedro de Almeida reforçou que a ação é gratuita para os proprietários dos veículos afetados e que assim permanecerão mesmo depois de findo período expectável para as intervenções técnicas, que na grande maioria dos casos implica unicamente uma atualização de software, havendo outros casos em que é necessário aplicar um filtro específico para as emissões de NOx.

Igualmente reforçada foi a noção de que os veículos intervencionados mantêm as suas características técnicas originais em termos de emissões de CO2, consumos, ruído e prestações. A este respeito, destaca, a taxa de reclamações de clientes após a ida à oficina é de 5 a 6%, embora esse número englobe questões díspares que não apenas as relacionadas com a questão das emissões.

Sendo a atualização dos motores obrigatória, a tal ‘lista negra’ de matrículas não intervencionadas será transmitida ao IMT no final do trimestre (data estimada), mas neste momento, mantendo-se ainda a ação a decorrer, o administrador da SIVA refere que ainda não há uma lista final “porque não podemos dizer que o cliente não irá responder ainda”.

No que diz respeito ao custo médio da operação, Pedro de Almeida aponta que, sendo nulo para a importadora nacional, tem um custo operacional em torno dos 30 a 40€, naquilo que classifica de ‘custo de oportunidade para a oficina”. Isto porque, explicou, havendo uma oficina que tenha muitos agendamentos, está a perder oportunidades de operações de revisão ou reparações noutros veículos de clientes, sendo também o valor apontado o da mão-de-obra do processo.

A SIVA indicou hoje que existiam inicialmente 102.454 viaturas afetadas, sendo que atualmente esse valor é de 101.609 unidades, devido à já indicada questão de exportação de alguns dos modelos entretanto encontrados como aptos para atualização. Dessa lista, já se verificaram 79.942 intervenções.

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