M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Na busca pela redução de emissões poluentes, a indústria aeronáutica tem investigado o uso de motores elétricos, painéis solares, redução de peso ou aerodinâmica mais eficiente. Mas o próprio combustível também pode ser melhorado para reduzir a sua pegada ecológica. E este combustível mais ecológico já está pronto, depois de ter sido usado num voo transtlântico da Virgin Atlantic.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A empresa de Richard Branson usou um novo combustível de avião concebido pela LanzaTech. A empresa neozelandesa faz reciclagem de gases de carbono, aproveitando os resíduos de produção industrial, geralmente da indústria do aço. Esses gases são recolhidos e usados para a produção de etanol, que é depois adicionado a outros combustíveis, como fuel para motores a jato.

As autoridades de vários governos estão interessadas no trabalho da LanzaTech. Primeiro, esta mistura de fuel e álcool foi feita em conjunto com o Departamento de Energia dos Estados Unidos, e agora o governo britânico ofereceu um subsídio de 410 mil libras (465 mil euros) à empresa, adicionado ao investimento da Virgin numa fábrica no Reino Unido, que deverá produzir mais de 150 milhões de litros de combustível ecológico por ano. Até 2025, a ideia é ter três fábricas a funcionar, produzindo 450 milhões de litros.

O combustível foi testado num Boeing 747 da Virgin Atlantic, que voou entre Orlando, no sul dos Estados Unidos, e Londres. A Virgin está empenhada em reduzir a pegada ecológica dos seus voos, e a LanzaTech poderá ser uma ajuda nesse sentido, pois tem o objetivo de reduzir as emissões de CO2 da indústria da aviação em 65 por cento, se conseguir atingir o objetivo de fornecer até 20 por cento de toda a indústria.