FOTO Kevin Resch/Universidade de Waterloo
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Acesso a energia não é tão fácil em certas partes do mundo como é na Europa ou na América do Norte. Em certas comunidades mais isoladas, o acesso a energia elétrica é inexistente ou racionada, impedindo as pessoas de ter acesso a serviços ou de simplesmente ter equipamentos caseiros a funcionar. Levando isso em conta, uma estudante universitária criou o SPEED, um aparelho portátil capaz de converter energia solar de modo a poder carregar pequenos objetos, como um telemóvel.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O SPEED foi criado por Kayla Hardie, uma estudante de física e ciência computacional na Universidade de Waterloo, no Canadá. A ideia por trás do projeto é colocá-lo à disposição de donos de lojas em comunidades de pequenas dimensões. O acrónimo significa “entrega de energia self-service pré-paga sem emissões”, e foi programado com um algoritmo que permite vender unidades de energia. Estes podem ser usados para carregar aparelhos elétricos portáteis, como telemóveis, lanternas ou drones, convertendo facilmente a produção de energia solar em quantidades para venda a retalho. O SPEED também foi concebido para ter um funcionamento intuitivo, e deverá permitir aos donos dos aparelhos diagnosticar problemas de modo a poderem reparar avarias sozinhos.

Hardie pretende que locais remotos tenham acesso a fontes de origem renovável para não contribuir com emissões de dióxido de carbono para atmosfera. A inspiração para o seu trabalho vem de um verão passado a trabalhar como estagiária na divisão de energias renováveis do Ministério de Recursos Naturais do Canadá. Lá, teve a oportunidade de trabalhar com redes inteligentes de gestão energética, que ajustam a produção de energia de fontes renováveis conforme as condições de temperatura, de modo a reduzir as perdas energéticas sob a forma de calor.