M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Em vez de acrescentar mais um estudo à lista que indica que a ação humana é a principal responsável pelo aumento da poluição e pelas alterações ao clima da Terra, a Universidade do Noroeste, nos Estados Unidos, resolveu fazer uma investigação mais positiva, e agora conseguiu completar um estudo, comprovando os benefícios para o ambiente do uso de automóveis elétricos.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O estudo, encabeçado pelo investigador em ciências planetárias Daniel Horton, foi publicado este mês no jornal científico Atmospheric Environment, e afirma que, mesmo quando as fontes da energia elétrica são poluentes, o mero uso do automóvel sem emissões poluentes já é suficiente para ter um impacto positivo na qualidade do ar e nas alterações climáticas.

Para quantificar as diferenças entre carros elétricos e carros com motores de combustão, Horton e o seu co-autor principal, Jordan Schnell, desenvolveram um algoritmo para mapear a qualidade do ar em vários modelos simulados. Para isso, foram alterando a quantidade de poluentes conforme dois poluentes emitidos por automóveis, ozono e micropartículas. Estes são os principais componentes da poluição ao nível da superfície terrestre que podem causar problemas de saúde, nomeadamente respiratórios.

O algoritmo levou em conta variáveis como mudanças na química da poluição atmosférica, o potencial de adoção de veículos elétricos, alterações à origem da energia usada em veículos elétricos, localização geográfica, estações do ano e hora. Na simulação, substituindo carros com motor de combustão por elétricos, os níveis de ozono baixaram em níveis consideráveis no verão e aumentaram ligeiramente no inverno. As micropartículas mudaram muito com as variáveis, mas tiveram uma redução drástica no verão.