Outrora apontada como uma start-up para rivalizar com a Tesla, a Faraday Future nunca se viu afastada de problemas financeiros que atrasaram o seu arranque em definitivo. Agora, no mais recente capítulo da sua curta história, entrou com um pedido de falência na justiça americana.

De acordo com o site The Verge, o pedido foi formalizado pelo próprio fundador da companhia, Jia Yueting, no tribunal de Delaware, ao abrigo do Capítulo 11 da lei americana, que permite uma reorganização ‘protegida’ face aos credores. O pedido submetido por Yueting indica um montante de 3.6 mil milhões de dólares em dívidas na China a mais de 100 entidades credoras, devendo-se esta em grande parte ao colapso financeiro de uma outra empresa, a LeEco, que Yueting havia estabelecido naquele mesmo páis.

Tendo mesmo chegado a apresentar, com grande pompa e circunstância, um protótipo elétrico e altamente tecnológico (o FF91), a Faraday Future foi sendo afetada, por diversa vezes, por problemas financeiros, tendo agora o seu fundador e anterior CEO dado entrada do pedido de falência ao abrigo do Capítulo 11.

Antes de avançar com o Capítulo 11, porém, Yueting tem ainda uma derradeira esperança de salvar a companhia e pagar aos seus credores, caso estes aceitem o pagamento a partir de um fundo cujo valor está relacionado com a sua quota na empresa, embora esse pagamento apenas ocorra quando a Faraday Future entrar em bolsa.

Este plano está dependente da aprovação de, pelo menos, 90% das empresas credoras, tendo estas até 8 de novembro para darem o seu consentimento à reestruturação, abdicando também de quaisquer ações judiciais contra Yueting e a sua mulher. Caso contrário, pede que o seu pedido de falência no Capítulo 11 americano avance como plano de contingência, o que decorreria de forma muito semelhante ao plano anterior, mas com supervisão mais apertada do tribunal, o que, escreve The Verge, citando os documentos do processo, poderia arrastar o processo e torná-lo mais dispendioso.

Aquela que foi apontada como a nova rival da Tesla aponta ainda uma outra saída, esta muito menos interessante para os credores, passando pelo declaração de falência de Capítulo 7, que geralmente aponta um responsável pela empresa e procede à liquidação dos seus bens como forma de tentar pagar as dívidas, o que nem sempre corresponde às que eram inicialmente devidas.

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