M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Um novo estudo publicado pela Universidade de Columbia, nos Estados, confirmou que a poluição atmosférica causada pela queima de combustíveis fósseis é um perigo para a saúde das crianças. O estudo analisou os números de 205 estudos anteriores, realizados entre janeiro de 2000 e abril de 2018, e estabeleceu uma relação entre combustíveis fósseis e os efeitos negativos na saúde infantil, com vista a promover o combate às alterações climáticas.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Ao centrar a investigação na saúde das crianças, a equipa de investigadores, que inclui membros de três universidades americanas, espera mostrar a legisladores que a falta de preocupação com as alterações climáticas tem consequências reais para as vidas dos seus cidadãos mais frágeis. Ao implementar novas políticas para reduzir a poluição atmosférica, espera-se reduzir o número de mortes prematuras em adultos, relacionadas com a exposição constante a agentes poluentes desde tenra idade. O estudo também revela que o aumento da poluição atmosférica está relacionado com dificuldades em partos, problemas cognitivos e comportamentos e maior probabilidade de sofrer de asma.

Os 205 estudos citados pela nova investigação providenciaram informação sobre a concentração de poluentes no ar, com destaque para resíduos causados pela combustão. Estes incluem micropartículas (que têm tendência para se alojar nos pulmões, causando problemas respiratórios), hidrocarbonetos e dióxido de azoto, e representam números recolhidos em seis continentes. A Organização Mundial da Saúde já tinha estimado que as crianças com menos de cinco anos representam 40 por cento dos afetados por doenças causadas por poluição atmosférica, apesar de corresponderem apenas a 10 por cento da população mundial.