M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Na entrada do novo milénio, a autoridade de trânsito de Nova York estava na posse de 2580 carruagens de comboio abatidas. O custo de enviar todo este metal para reciclagem ia ser de pelo menos 30 milhões de dólares, que deviam ser retirados ao erário público. Em vez disso, optaram por uma solução mais barata, lançar as carruagens ao mar para fazer recifes junto à costa leste dos Estados Unidos. Esta solução atraiu a atenção do fotógrafo Stephen Mallon, que fotografou uma dessas viagens finais de um conjunto de carruagens em 2008.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Compostas por aço carbono ou aço inoxidável, estas carruagens foram completamente limpas de materiais estranhos e tóxicos, como material elétrico e tintas, deixando apenas o metal. Foram colocadas em pontos específicos nos estados de Nova Jérsia, Pensilvânia e Delaware, entre 2000 e 2010. Servem agora como recifes, resguardando a plataforma continental tornando-se um habitat para plantas e animais, que vivem à sua volta e no seu interior.

Um dos recifes de maiores tamanhos é o Redbird, que está a apenas 25 quilómetros do estuário do rio Delaware. Além das carruagens de comboio, os recifes também incluem restos de barcaças e outras embarcações, bem como pneus. Este novo habitat contribuiu para o crescimento da população animal, resultando em 400 vezes mais comida nos sete anos seguintes à sua construção.

Quanto às fotografias de Stephen Mallon da última viagem das carruagens, podem agora ser apreciadas pelo grande público, pois vão estar em exibição num Museu do Trânsito de Nova York. A entrada para a exposição é gratuita.

 

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