O conceito de agência no setor automóvel tem vindo a ganhar relevo, já que permite às marcas controlarem melhor os custos e as margens de lucro provenientes das vendas, com marcas como a CUPRA ou como a Polestar já aderentes a esta filosofia. Embora assente em vendas online e preços tabelados centralmente, o modelo de negócio em agência mantém, no entanto, espaços físicos que servem de local de informação, contacto com os automóveis ou entrega dos mesmos aos compradores.
O caso da Mercedes-Benz segue estes preceitos, tendo a marca já decidido que iria iniciar a comercialização dos seus veículos na Península Ibérica nos moldes de agência, no início de 2024, podendo agora ser adiada a sua introdução por mais um ano, ou seja, para 2025, como revela o La Tribuna de Automoción, de Espanha, que dá conta de problemas técnicos no desenvolvimento e unificação de diversos sistemas e procedimentos para que este modelo entre em funcionamento no prazo previsto, ou seja, em 2024.
Fontes ouvidas por aquele meio, sob anonimato, explicam que, até ao momento, ainda não existirá uma definição concreta do adiamento, afirmando, porém, que “a opção mais sensata será [o adiamento] por um ano”.
Um dos motivos será fiscal, já que a entrada em vigor de um novo processo de vendas a meio de um ano fiscal obrigaria a dois exercícios para o mesmo período, numa redundância pouco benéfica em termos de recursos operacionais dentro da companhia.
Desta forma, é de crer que o atual modelo assente nos concessionários como intermediários continue por mais um ano do que o inicialmente previsto, ou seja, até ao último dia de 2024.