Chegou a ser considerada uma das maiores rivais (em potência) da Tesla, mas as ambições da Faraday Future tardam em concretizar-se. Depois de ter revelado o FF 91 há já cerca de cinco anos, constrangimentos financeiros levaram a companhia a adiar a produção, a que se juntaram ainda problemas judiciais relacionados com o anterior CEO e fundador Jia Wueting.
O FF 91 foi apresentado como um modelo elétrico futurista e repleto de tecnologias avançadas, que deveria já ter entrado em produção, mas dificuldades financeiras de vários tipos obrigaram a um adiamento prolongado dessa mesma produção, com a Reuters a revelar agora que a Faraday Future precisa de mais 200 milhões de dólares de fundos adicionais para que o seu primeiro veículo elétrico seja produzido.
De acordo com aquela agência noticiosa, num documento emitido pela Faraday Future, terá ficado patente a necessidade de mais uma injeção de capitais na ordem dos 200 milhões de dólares para arrancar com a produção do FF 91, tendo a marca anunciado que tem 401 encomendas daquele modelo elétrico, um número que está longe de ser considerado um sucesso.
Anteriormente, a companhia tinha indicado um número em torno das 14.000 encomendas, apenas para corrigir posteriormente que se tratavam de declarações de interesse sem reserva financeira. Ainda de acordo com a Reuters, este desenvolvimento contradiz as declarações feita em junho pelo atual CEO, Carsten Breitfeld, dizendo então que a produção do FF 91 não precisaria de mais fundos.
Porém, o incremento dos custos globais, a inflação crescente em praticamente todos os mercados e as dificuldades com o fornecimento de muitos dos componentes eletrónicos estarão a colocar uma pressão adicional sobre o meio financeiro e industrial da Faraday Future.