O ano de 2019 poderá ser o último em que a gasolina 95 estará à venda nos postos de abastecimento em Espanha, com o seu desaparecimento a ser visto como uma forma de melhorar a eficácia ambiental dos veículos a gasolina.

Além da recente mudança de etiquetagem dos combustíveis – algo que também se aplica aos nossos postos de abastecimento nacionais –, está em preparação uma profunda mudança no fornecimento de combustíveis em Espanha, com o Ministério para a Transição Ecológica a definir, em prorrogamento, a existência de gasolina sem chumbo de 95 octanas até 30 de junho de 2019 (inicialmente e depois estendida até final do ano), que muitos dos veículos anteriores a 2000 utilizam.

A informação, de acordo com o site El Economista, abrange então cerca de 35% do parque circulante dos veículos a gasolina e 10% do parque total. A gasolina de 95 octanas conta com um máximo de etanol de 5% e 2,7% de oxigénio, ao passo que a gasolina de 98 octanas tem 10% de etanol e 3,7% de oxigénio. Assim, a combustão desta última é mais eficiente, razão pela qual o Governo espanhol pretende que seja método único, embora represente um aumento de custo para os clientes.

No entanto, atendendo à renovação lenta do parque automóvel no país vizinho (dados da Dirección General de Tráfico apontavam para um total de 3.5 milhões de veículos com matrícula anterior a 2000), a terceira prorrogação para a gasolina 95 durará até final do ano, dando continuidade a uma decisão que já tem vindo a ser feito desde 2013. Tal é possibilitado pela Directiva 98/70/CE que permite que os Estados-Membros possam exigir, “se considerarem necessário, que a referida gasolina seja colocada no mercado por um período mais longo”.

Denominada ‘gasolina de proteção’, por assegurar o correto funcionamento de veículos com motores mais antiquados (já que a atual gasolina 98 conta com mais etanol e outros aditivos), esta pressupõe também um menor custo para o consumidor. Dados do El Economista explicam que a medida de prolongamento da gasolina de 95 octanas poderá poupar cerca de 500 milhões aos consumidores espanhóis este ano, atendendo à diferença de preços.