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Os 10 carros mais loucos da era espacial

Ferrari 512 S Modulo (1970) Desenhado por Paolo Martin da Pininfarina, o Modulo teria cortado completamente com os cânones estéticos da Ferrari se tivesse chegado às linhas de produção, teria sido o carro de estrada mais potente do seu tempo, graças ao motor 5.0 V12 de 550 cv do 512 S que correu em Le Mans. O protótipo está a ser restaurado pelo colecionador James Glickenhaus, que recentemente colocou-o a andar na estrada pela primeira vez.
BMW E25 Turbo (1972) Um projeto interno da marca, o BMW Turbo (nome de código E25) tinha asas de gaivota, motor 2.0 turbo de 280 cv derivado do BMW 2002 e aviso de travagem por radar. As suas formas deram origem ao M1, com portas normais, motor de seis cilindros e travagem sem sensores.
Chevrolet Astro III (1969) Um dos vários conceitos da série Astro criados pela GM Design & Research, a inspiração vem do cockpit de um avião a jato privado, com apenas 90 cm de altura. Tinha quatro rodas, embora as rodas da frente estivessemm tão juntas que parecia um triciclo, e em vez de um motor Chevrolet, tinha uma turbina de helicóptero Allison M250.
OSI Silver Fox (1967) Construído na Itália pela Officina Stampagi Industriale, foi feito para participar nas 24 Horas de Le Mans, mas o construtor não teve dinheiro e só fio visto no Salão de Turim. O conceito "bisiluro", ou "carro-catamarã", não era novo, mas sempre foi raro. Usava um motor Renault-Alpine de 1000 cc.
Mercedes-Benz C111 (1969) A Daimler-Benz construiu 16 protótipos em casa com o objetivo de bater vários recordes de velocidade, com tipos diferentes de motor. Um dos C111 foi o primeiro carro com motor Diesel a bater os 300 km/h, eventualmente atingindo os 403,9 km/h no anel de velocidade de Nardo.
Lancia Stratos Zero (1970) O protótipo que deu origem ao famoso Stratos de ralis era ainda mais arrojado. Desenhado por Marcello Gandini, antes deste trocar a Bertone pela Lamborghini, o Stratos Zero tinha um visual impressionante mas um fraco motor 1.6. A Lancia e a Ferrari tinham sido compradas pela Fiat um ano antes, e só mais tarde se definiu que o Lancia Stratos de estrada teria motor Ferrari.
Citroën GS Camargue (1972) Nos anos em que foi proprietária da Maserati, a Citroën resolveu aproveitar as ligações da subsidiária italiana às grandes casas de design. A Bertone chegou a criar esta versão com um visual da era espacial, mas mecanicamente era completamente igual ao GS e pouco emocionante.
Ford Seattle-Ite XXI (1962) Um dos vários projetos que indicavam o futuro da era especial, o Seattle-Ite foi revelado ao mundo na Feira Mundial de Seattle, daí o seu nome. Desenhado por Alex Tremulis, este inovador veículo de seis rodas apenas foi construído à escala 3/8, e não existe nenhum protótipo funcional ou com as dimensões corretas. As quatro rodas dianteiras seriam comandadas pelo volante.
Alfa Romeo Navajo (1976) Existiram poucos carros que pareciam naves espaciais futuristas, e este protótipo desenhado pela Bertone foi um deles. Tal como o anterior e mais famoso Carabo, o Navajo usava a mecânica do 33 Stradale, um motor 2.0 V8 de 230 cv. O seu design foi comparado ao da Battlestar Galactica, mas o carro italiano estreou-se dois anos antes da série americana de ficção científica.
Lamborghini Athon (1980) Depois do agressivo Countach, a Lamborghini encomendou à Bertone um descapotável baseado no chassis do antigo Silhouette, com as tradicionais formas angulares do estúdio italiano, aqui assinadas por Marc Deschamp. Com motor V8 de 260 cv, estava pronto para ser produzido, mas foi na pior altura, pois apanhou um período de dificuldades económicas, que na época culminaram na sua aquisição pela Chrysler.

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Nos anos 60, 70 e 80, todo o mundo industrializado estava obcecado com a conquista do espaço. Era comum crianças dizerem aos pais que, quando crescessem, queriam ser astronautas. E as imaginações mais criativas do planeta procuravam criar o futuro mais depressa, inclusive no automóvel. Mostramos aqui os 10 carros mais loucos dessa era, novas interpretações do conceito de design automóvel, inspirados num ambiente onde nenhum automóvel podia chegar.

O que mais marcou o design automóvel no final dos anos 60 foi a criação do “wedge design”. Estamos a falar de formas simples e angulares, com poucas curvas. Estes carros mais loucos tinham uma aparência futurista para a época, mas também estreavam um design polido, simplificado, fácil de adaptar às necessidades da produção industrial, que necessitava que os automóveis fossem fabricados o mais depressa possível.

Muitos dos automóveis mostrados aqui foram criados por designers italianos. Isso não é surpreendente, pois foi nesta época que a Itália deu origem a alguns dos mais prolíficos e inventivos nomes a deixar a sua assinatura em veículos de quatro rodas. É o caso de Sergio Pininfarina, Nuccio Bertone, Marcello Gandini ou Giorgetto Giugiaro. Nunca mais o mundo automóvel teve tantos designers a pensar fora dos limites do que na época entre os anos 60 e 70.