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Os 35 anos do Mercedes-Benz com que Senna se ‘apresentou’ a Prost

A história deste Mercedes-Benz de sucesso começou com os modelos 190 e 190 E, criando dessa forma uma quarta gama de modelos juntando-se aos Classe S, Classe E e SL. A marca refere que os W 201 produzidos entre 1982 e 1993 são sinónimos de modelos clássicos tanto no estilo, como na sua perceção atual.
O desenho do W 201 foi concebido por Bruno Sacco, estabelecendo-se como uma imagem de marca para a Mercedes-Benz na época e nos anos seguintes, com linhas modernas e eficiência aerodinâmica com um coeficiente aerodinâmico de 0.34 Cx, a melhor de todos os carros da marca na altura da sua apresentação, em 1982.
O 190, como ficou conhecido, surgiu de início com dois motores a gasolina de quatro cilindros: o 190 tinha 90 CV de potência a partir de um motor com carburador, enquanto o 190 E, já com injeção de combustível, tinha 122 CV.
De forma relevante, o 190 E com motor 2.3 de 16 válvulas e 185 CV de potência, apresentado em 1983, teve o condão de fazer manchetes na sua época: três protótipos cumpriram até 50 mil quilómetros com velocidade média aproximada dos 250 km/h no anel de velocidade de Nardò, em Itália.
Mais tarde, surgiram variantes Diesel, como por exemplo o 190 D com um motor de 72 CV a partir de 1983, trazendo consigo a inovação de material isolante para reduzir o ruído do motor Diesel. Em 1987 surgiu na Europa o motor Diesel de 2.5 litros com 122 CV, ao passo que o mais potente 190 E com motor de seis cilindros em linha de 166 CV prometia outros níveis de performance no que dizia respeito àqueles motores.
Mas, o 190 E 2.3 ficou mais conhecido pela corrida de exibição que teve num então desconhecido Ayrton Senna uma das estrelas. Com o intuito de assinalar a inauguração do remodelado circuito de Nürburgring, a organização levou a cabo uma 'corrida dos campeões' a 12 de maio de 1984 em que diversos dos anteriores campeões (e não só) foram convidados para uma prova ao volante desse Mercedes-Benz.
Emerson Fittipaldi não pôde estar presente e a marca, por ação de Gerd Kremer, diretor de marketing da Mercedes-Benz, chamou Senna. Todos os pilotos tinham um carro igual: um 190 E com motor 2.3, com Alain Prost a figurar num dos outros carros, bem como Niki Lauda, apenas para citar dois dos mais sonantes.
Senna acabou por vencer tirando partido de uma pista húmida e escorregadia, deixando logo antever que se tratava de um piloto especial.
Senna no pódio no final dessa corrida de apresentação do novo circuito de Nürburgring.
Além de Senna e de Prost, outros pilotos de renome apareceram naquela prova, como Keke Rosberg, Stirling Moss, Jack Brabham ou Niki Lauda, cuja história de vida está intimamente ligada ao traçado antigo de Nürburgring.
Esse modelo acabou por dar origem a uma variante mais dinâmica na forma do 190 E 2.5 Evolution II com 235 CV, o qual acabou também por dar origem ao carro do DTM a partir de 1990.
No DTM, a Mercedes-Benz ganhou diversos troféus nas décadas de 1980 e 1990. Entre 1988 e 1993, os carros baseados no W 201 alcançaram diversas vitórias, com dois títulos de construtores em 1991 e 1992 e um de pilotos para Klaus Ludwig em 1992.
Em 1993, foi lançado o AMG-Mercedes 190 E Classe 1 EVO II, que deu continuidade ao sucesso da marca naquele troféu frente à Opel e Alfa Romeo. Na imagem, de apresentação para 1993, surgem, da esquerda para a direita, Roland Asch, Bernd Schneider, Ellen Lohr, Klaus Ludwig, Kurt Thiim e Jörg van Ommen.
Linhas modernas e eficiência aerodinâmica com um coeficiente de 0.34 Cx, a melhor de todos os carros da marca na altura da sua apresentação, em 1982.
No campo da segurança, este Mercedes-Benz destacou-se igualmente por apresentar soluções avançadas, como por exemplo a suspensão traseira multilink com cinco ligações em cada lado, a qual foi desenvolvida por Kurt Enke, Alf Müller e Manfred von der Ohe. Para a segurança passiva, houve também avanços na segurança em caso de acidente.
A ideia para o nascimento deste Mercedes-Benz teve lugar muito antes da sua apresentação, mais concretamente em 1973, quando a marca começou a debater ideias para um modelo colocado abaixo das duas outras gamas. Inspirando-se por exemplo naquilo que era comum na América do Norte, em especial no apuro de maior economia de consumos, a ideia de um carro mais compacto com conforto e segurança acima da média ganhou maior força.
Curiosamente, no entanto, a ideia de um carro de passageiros compacto da Mercedes-Benz é muito mais antiga. O Benz Velo (1894-1902), na imagem, e o Mercedes 8/11 CV (1901-1903) são considerados os primeiros carros do segmento compacto, no qual se inclui ainda o 170 W 15, construído entre 1931 e 1936).
O atual Classe C traz consigo os genes do W 201 mas evoluiu a sua fisiologia para outros modelos, como o coupé, embora existam também o cabriolet e carrinha.

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Um dos modelos mais importantes da história recente da Mercedes-Benz está prestes a cumprir 35 anos. A série de modelos W 201 foi apresentada a 8 de dezembro de 1982 e desde então tornou-se num marco de fiabilidade e de robustez que apenas as novas leis anti-emissões começam a ameaçar no solo europeu. Ainda assim, assume-se como um clássico que muito teimam em não largar.

Além de ter sido um sucesso de vendas duradouro, estes Mercedes-Benz fazem também parte integrante da história do Classe C, nome pelo qual os carros da marca para este segmento passaram a ser conhecidos desde 1993. Esta berlina de visual evoluído para a época e com tecnologia que também era inovadora, deu ainda azo a uma era de conquistas desportivas para a marca de Estugarda, com a participação no Campeonato Alemão de Carros de Turismo (DTM).