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Os carros autónomos vão ‘entupir’ ainda mais as grandes cidades?

Numa cidade como São Francisco (EUA), 2 mil automóveis a circular em modo autónomo bastariam para mudar radicalmente o curso normal do tráfego. Para pior!

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Um grupo de especialistas estudou como uma frota de automóveis autónomos poderá afetar o trânsito numa grande cidade. E concluiu: o que é mau ficará pior!

No que diz respeito à tecnologia de condução autónoma, nenhuma dúvida de que conceitos como os táxis-robot estão já ao virar da esquina, num primeiro estágio de um futuro previsivelmente cheio de carros que se conduzem sozinhos para reduzir drasticamente os acidentes rodoviários – só nos Estados Unidos, estima-se que quase 100 mil colisões todos os anos sejam causadas por condutores que adormeceram ao volante…

Mas, como em quase tudo, também nesta matéria haverá o reverso da medalha. Na Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, um grupo de engenheiros tentou provar que este tipo de ferramentas, que visam melhorar muito a eficiência e a segurança do transporte de pessoas, vão criar novos problemas.

Segundo aqueles especialistas, o efeito da utilização coletiva ou a longo prazo de automóveis autónomos pode ser desastroso para o funcionamento de uma cidade moderna. Utilizando técnicas de realidade virtual e modelos de simulação de trânsito, os responsáveis pela pesquisa conseguiram concluir que os carros ‘autopilotados’ podem mesmo piorar as condições de trânsito e de mobilidade nas grandes urbes.

O estudo explica que a indústria está a pensar a condução autónoma, acima de tudo, como um negócio, que dependerá da democratização de conceitos como o ‘carsharing’, em que um automóvel se torna mais rentável quando circular sem parar na cidade. Ora, com mais carros permanentemente nas estradas, ainda a praticarem velocidades muito baixas, também como modelo de poupança, o resultado será… um grande engarrafamento!

A equipa da Universidade da Califórnia demonstrou nas suas simulações que numa cidade como São Francisco, 2 mil automóveis a circular em modo autónomo bastariam para mudar radicalmente o curso normal do tráfego, já ‘entupiriam’ ainda mais as principais artérias da cidade.

A solução avançada passa pela utilização massiva dos transportes públicos e a imposição de taxas de utilização do automóvel na cidade, como já acontece em capitais como Londres, Singapura e Estocolmo.